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Presidente afastado da Coreia do Sul deve ficar em cela solitária na prisão; entenda próximos passos

Yoon foi detido na manhã de quarta-feira (15), pelo horário local — noite de terça-feira (14), no Brasil. Apoiadores de Yoon tentaram impedir a prisão. Ele foi alvo de um mandado de prisão no âmbito de uma investigação que apura acusações de insurreição. Em dezembro, o presidente decretou uma lei marcial para restringir direitos civis.

Segundo a agência, as autoridades responsáveis pela investigação prepararam um questionário de mais de 200 páginas para o presidente afastado, que, além de permanecer em silêncio, não permitiu a gravação.

As instalações usadas para o interrogatório incluem uma área de descanso com um sofá para acomodar Yoon, informou a agência Yonhap.

As autoridades têm 48 horas para interrogá-lo. Após isso, deverão solicitar um mandado de prisão para detê-lo por até 20 dias ou liberá-lo. Durante a custódia, Yoon será mantido no Centro de Detenção de Seul — que não é o mesmo local do interrogatório.

Na chegada ao centro de detenção, Yoon passou por uma verificação de identidade e um exame de saúde simples. Na prisão onde está, os detidos acordam às 6h30 e dormem após as 21h.

Centro de Detenção de Seul, onde se espera que o presidente sul-coreano destituído, Yoon Suk Yeol, seja mantido, em Uiwang — Foto: Kim Hong-Ji/Reuters

Operação para prender Yoon

Desta vez, os investigadores fecharam um acordo com os guardas presidenciais, que garantiram que iriam autorizar a entrada para que o mandado de prisão fosse cumprido.

Ainda assim, cerca de 6.500 apoiadores de Yoon se posicionaram na frente da casa do presidente afastado para dificultar a operação. Segundo a agência de notícias estatal Yonhap, os simpatizantes formaram uma espécie de "corrente humana".

Presidente afastado da Coreia do Sul é preso

Presidente afastado da Coreia do Sul é preso

As autoridades começaram a avançar aos poucos nos arredores da residência de Yoon, até conseguirem entrar no imóvel. Os advogados do presidente afastado tentaram uma negociação, mas os investigadores sul-coreanos disseram que iriam cumprir o mandado.

Em um comunicado, o presidente afastado afirmou ser deplorável agentes realizarem uma "série de atos ilegais", incluindo a prisão dele. Yoon disse ainda que concordou em prestar depoimento para evitar "derramamento de sangue".

Apoiadores de Yoon Suk Yeol tentam impedir a prisão do presidente afastado da Coreia do Sul — Foto: REUTERS/Tyrone Siu

O decreto da lei, no início de dezembro, restringiu temporariamente o direito de civis. A medida também visava fechar a Assembleia Nacional, mas acabou fracassando e rejeitada pelos próprios deputados.

Ao anunciar a lei marcial, o presidente Yoon fez críticas à oposição. "Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas", disse.

O decreto veio em um contexto de baixa aprovação do presidente e de trocas de farpas com a Assembleia Nacional, que é controlada por deputados da oposição.

Desde então, Yoon foi alvo de uma operação policial e de uma votação na Assembleia Nacional que o afastou do cargo. Atualmente, a Coreia do Sul está sendo governada por um presidente interino.

Em dezembro, parlamento da Coreia do Sul aprovou impeachment contra Yoon Suk Yeol — Foto: Getty Images via BBC

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