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Presidente interino da Coreia do Sul renuncia ao cargo e deve concorrer à eleição

Com a renúncia, o vice-primeiro-ministro Choi Sang-mok assume o posto de presidente interino da Coreia do Sul até as eleições.

Segundo a imprensa sul-coreana, Han deve lançar a sua candidatura oficialmente nesta sexta-feira (2). Ele atuava antes como o primeiro-ministro de Yoon e emergiu como uma potencial liderança conservadora. O seu principal adversário na disputa é o líder da oposição Lee Jae-myung, cuja elegibilidade pode estar em risco após uma decisão da Suprema Corte desta quinta (leia mais abaixo).

O presidente interino Hand Duck-soo fala durante uma coletiva de imprensa em Seul nesta quinta-feira — Foto: Hong Hae-in/Yonhap via AP

Han tem 75 anos e é um burocrata de carreira com cerca de 40 anos de serviço público. Ele ocupou cargos importantes em governos sul-coreanos, incluindo a chefia dos ministérios do Comércio e das Finanças. Ele também foi primeiro-ministro, considerado o segundo posto mais importante do país, em duas ocasiões: no mandato de Yoon e, antes, no governo do liberal Roh Moo-hyun, entre 2007 e 2008.

A aposta dos conservadores é que a sua ampla experiência no governo e no setor econômico atraia o favoritismo dos eleitores, especialmente no contexto da guerra tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Candidatura de Lee Jae-myung em jogo

Ainda nesta quinta, a Suprema Corte da Coreia do Sul anulou uma decisão que havia inocentado o candidato do Partido Democrata Lee Jae-myung e colocou em dúvida a sua elegibilidade. Ele lidera as pesquisas de intenção de voto.

O tribunal considerou que Lee violou a lei eleitoral ao fazer "declarações falsas" durante a sua candidatura presidencial de 2022.

Lee, que negou qualquer irregularidade, disse que não esperava que o veredicto se desenrolasse tão rapidamente. "Confiarei apenas no povo e seguirei em frente", afirmou em uma nota publicada na sua página do Facebook.

A Suprema Corte agiu de forma excepcionalmente rápida para analisar o caso de Lee e não deu prazo para o tribunal de apelação, que normalmente leva meses para rever as decisões. Não ficou claro se uma decisão seria tomada antes da eleição de 3 de junho.

O professor de ciências políticas da Universidade de Myongji Shin Yul, ouvido pela agência de notícias Reuters, disse que a decisão foi um golpe para Lee e o Partido Democrata.

Em janeiro de 2024, Lee sobreviveu a uma tentativa de assassinato. Ele foi esfaqueado no pescoço por um homem que escreveu um manifesto dizendo que jamais permitiria que Lee se tornasse presidente.

*Com informações das agências de notícias Reuters e Associated Press.

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