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Príncipe Andrew vai perder título de príncipe e deixar residência oficial, diz Palácio de Buckingham

A retirada de seus títulos é reflexo do envolvimento do irmão do Rei Charles III em escândalos sexuais e, em particular, de sua associação o empresário americano Jeffrey Epstein.

"O príncipe Andrew passará a ser conhecido como Andrew Mountbatten-Windsor", diz um comunicado de Buckingham.

Em um breve comunicado, o próprio irmão do Rei Charles III, que vem tendo o nome envolvido em vários escândalos nos últimos anos, afirma que chegou à decisão após conversar com o monarca e também com a família, mas voltou a alegar inocência.

Príncipe Andrew em foto de 11 de abril de 2021 — Foto: Steve Parsons/Pool via AP, Arquivo

As filhas do príncipe Andrew, as princesas Beatrice e Eugenie, manterão seus títulos, segundo a emissora britânica BBC.

Veja a íntegra do comunicado:

Sua Majestade iniciou hoje um processo formal para a revogação do Estilo, Títulos e Honrarias do Príncipe Andrew.

Seu contrato de arrendamento da Royal Lodge, até o momento, lhe conferiu proteção legal para continuar residindo no local. A notificação formal para a rescisão do contrato foi agora entregue, e ele se mudará para uma residência particular alternativa. Essas medidas são consideradas necessárias, apesar de ele continuar negando as acusações contra ele.

Suas Majestades desejam deixar claro que seus pensamentos e mais profundas condolências estiveram, e continuarão, com as vítimas e sobreviventes de todas as formas de abuso.

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O príncipe também foi alvo de acusações de agressão sexual, mas sempre negou as acusações.

Em fevereiro de 2022, no entanto, chegou a um acordo amigável com uma mulher que o acusou de tê-la agredido sexualmente em 2001. À época, ela tinha 17 anos e fazia parte da rede de tráfico de menores chefiada por Epstein.

Segundo o Ministério do Interior, o suposto espião estava envolvido em "atividades secretas e enganosas" em favor do Partido Comunista da China. Além disso, ele foi considerado uma ameaça à segurança nacional.

O homem, de 50 anos, foi identificado apenas como "H6". A Justiça concluiu que o suposto espião poderia "facilitar relações entre altos funcionários chineses e personalidades britânicas que poderiam ser exploradas" por autoridades de Pequim.

A proximidade de "H6" com o príncipe era tamanha que Andrew chegou a convidá-lo para sua festa de aniversário em 2020, segundo informações reveladas pela Justiça. Além disso, o suposto espião também tinha permissão para agir em nome do príncipe na busca por investidores chineses.

O ex-secretário de Estado de Segurança Tom Tugendhat declarou à BBC que o caso era "extremamente embaraçoso".

"Isso demonstra, receio, a ambição muito clara do Estado chinês de exercer sua influência em países estrangeiros", acrescentou.

Na época, o gabinete do príncipe Andrew afirmou em um comunicado que "seguiu as orientações" do governo e "encerrou qualquer contato" com o indivíduo "assim que surgiram preocupações".

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