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Príncipe herdeiro saudita classifica como 'genocídio' ataques de Israel contra palestinos

O príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, classificou como "genocídio" as ações de Israel contra o povo palestino. A afirmação foi feita durante um encontro entre líderes de países muçulmanos e árabes, em Riad, na segunda-feira (11).

Arábia Saudita e Israel estavam negociando um acordo para normalização das relações diplomáticas. Os dois países possuem um histórico de tensões, mas tentam há anos uma aproximação.

As negociações entre Israel e Arábia Saudita foram suspensas em outubro de 2023, quando o Hamas invadiu o território israelense. A ação desencadeou uma guerra, que resultou em uma crise humanitária na Faixa de Gaza.

Em setembro, o príncipe herdeiro disse que o reino não reconheceria Israel a menos que um Estado palestino fosse criado — medida que é descartada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Agora, Mohammed bin Salman condenou o governo de Israel pelas ações em Gaza.

"O Reino renova sua condenação e rejeição categórica do genocídio cometido por Israel contra o povo palestino irmão", disse o príncipe.

Mohammed bin Salman pediu à comunidade internacional que impeça Israel de atacar o Irã e que respeite a soberania do país. Os comentários seguem o mesmo tom de afirmações feitas pelo ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita no fim de outubro.

A normalização das relações entre a Arábia Saudita e Israel estava sendo intermediada pelos Estados Unidos. O tratado incluiria garantias de segurança dos norte-americanos para o país, entre outros acordos bilaterais.

Os ataques de Israel na Faixa de Gaza nos últimos 13 meses mataram dezenas de milhares de pessoas, deslocaram quase toda a população, causaram uma crise de fome e levaram a alegações de genocídio no Tribunal Mundial. O governo israelense nega as acusações.

O atual regime saudita também é alvo de investigações internacionais. Mohammed bin Salman, por exemplo, é acusado de crimes contra a humanidade por perseguir ativistas pelos direitos humanos, incluindo o assassinato de um jornalista crítico ao governo do país, em 2018.

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