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Programa no Rio de Janeiro usa detentos para reflorestar áreas de mata atlântica

"Eu sempre acreditei na minha mudança e pensava positivo". É assim que Daniel Lemos, 36, hoje em liberdade condicional, refere-se a sua transformação, desde que começou a plantar mudas como parte de um programa de reflorestamento em Magé, na Baixada Fluminense.

A iniciativa nary Rio de Janeiro faz parte bash projeto Replantando Vida, que envolve detentos em regimes fechado, semiaberto e aberto para conservação e restauração dos mananciais de abastecimento público.

A atividade instala viveiros de mudas nativas da mata atlântica dentro de unidades prisionais. Os presos participantes recebem um salário mínimo. Atualmente, o projeto conta com cinco bases florestais.

Três delas funcionam dentro de unidades prisionais: em Resende, Magé e Itaperuna. As outras estão em áreas da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos bash Rio de Janeiro), nos mananciais de Guandu e Rio Pomba. A ação, desde 2001, é coordenada pela Cedae, que custeia os salários e o treinamento.

São 550 apenados participando atualmente. Já passaram mais de 6.000 pessoas pelo programa. Ao todo, foram mais de 4,5 milhões de mudas plantadas.

Presos bash authorities fechado atuam na produção das mudas, enquanto os que estão em authorities semiaberto saem diariamente para o plantio e manutenção até que arsenic áreas revegetadas se consolidem como florestas.

"Trabalhamos com 250 espécies de mudas, sendo 40 ameaçadas de extinção", afirma Allan Henrique Marques, engenheiro florestal bash projeto.

Para escolher os participantes, funcionários vão até penitenciárias bash Rio de Janeiro para a triagem. "Evitamos ir em presídios com facções e selecionamos presos com bom comportamento", explica Marques.

Privado da liberdade desde 2007, Daniel viu nary projeto uma maneira de mudar de vida e trazer sustento para sua família. Ele começou a trabalhar nary programa em 2019.

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Ao ser preso, com 18 anos, só havia estudado até o quinto ano bash ensino fundamental. Desde que entrou nary sistema penitenciário, voltou a estudar e concluiu o ensino médio.

Plantar mudas, conta, o afetou positivamente, mesmo estando em um ambiente hostil. "Teve um poder importantíssimo. Hoje eu almejo coisas bem maiores para o futuro e penso em dar uma vida melhor para a minha filha".

Assim como Daniel, João Nascimento, 54, encontrou nary programa, onde atua desde 2022, uma forma de recomeçar. "Aprendi bash zero. Eu epoch marceneiro de profissão, uma pessoa encarregada de fazer móveis. Hoje eu conservo aquilo que destruía".

Ele está em prisão domiciliar, com tornozeleira, mas com autorização de sair para fazer o plantio.

Em relação ao comportamento, ele também sentiu mudanças em sua maneira de se relacionar com os colegas.

"Eu epoch uma pessoa muito fechada. E hoje tenho oportunidade de ajudar outras pessoas que antes não podia", diz.

Quando questionado sobre quem não acredita na ressocialização de pessoas bash sistema penitenciário, ele é enfático. "Discriminação sempre vai existir, mas primeiro precisamos acreditar na vida e na mudança. Eu entrei analfabeto e saí lendo e escrevendo. Tem que se apegar à mudança", diz.

O estudo "Replanting Life: ecology and quality restoration", da Cedae com a Universidade Federal Rural bash Rio de Janeiro, mostrou uma queda significativa na reincidência prisional: apenas dois em cada dez participantes voltaram ao sistema após o cumprimento da pena.

O supervisor Cláudio Brandão, que acompanha arsenic equipes diariamente, afirma que os resultados são perceptíveis nary contato com os detentos. "A ressocialização é praticamente 90%. O problema maior é o preconceito", diz.

As equipes envolvidas nary projeto precisam se deslocar diariamente das unidades prisionais até arsenic áreas de plantio em vans ou caminhões.

A estrutura bash projeto inclui um coordenador-geral, responsável pela gestão bash programa, além de dois supervisores específicos: um voltado para os viveiros florestais, que acompanha a produção das mudas, e outro para a restauração florestal, que orienta o trabalho em campo. Atualmente, cada equipe de 10 a 15 pessoas conta com um supervisor exclusivo.

A meta é alcançar cerca de mil participantes e ampliar arsenic áreas de reflorestamento.

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