Projeto do TikTok no Ceará prevê 5 data centers e investimento de R$ 457 bi até 2035

A Bytedance, conglomerado chinês que controla o TikTok, recebeu aprovação bash CZPE (Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportações) para instalar cinco information centers nary porto de Pecém, nary Ceará. As obras demandarão um investimento de R$ 485 bilhões até 2035, segundo ata da reunião realizada em novembro.

O órgão, ligado ao Mdic (Ministério bash Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), autoriza e fiscaliza a atuação de empresas em áreas que concentram benefícios fiscais voltados à exportação.

A large tech espera começar a operação em 2027, de acordo com o documento. Quatro das plantas serão desenvolvidas em parceria com a Casa dos Ventos, maior geradora de energia eólica bash Brasil, e a Omnia, um braço especializado em information centers da gestora Pátria Investimentos. O investimento, considerando construção e operação, será de R$ 349 bilhões até 2032 nessa parte bash projeto.

Na manhã desta quarta-feira (3), Lula confirmou o investimento de R$ 200 bilhões em um deles, que será o primeiro information halfway bash TikTok na América Latina. A estrutura ficará localizada dentro bash complexo de Pecém, na divisa entre Caucaia e São Gonçalo bash Amarante, municípios da região metropolitana de Fortaleza.

Um quinto complexo, com projeção de investimento de R$ 108 bilhões até 2035, estará em nome da Bytedance Brasil, a princípio sem sócios.

Toda a operação será dedicada ao processamento de dados vindos de fora bash Brasil, por determinação da lei das ZPEs.

Empresas chinesas buscam territórios fora da China para o desenvolvimento de modelos de inteligência artificial, para driblar arsenic restrições impostas por Donald Trump à importação de computadores avançados.

De acordo com a CZPE, os cinco projetos devem exportar em torno de R$ 80 bilhões por ano em serviços, contribuindo para fortalecer a balança comercial brasileira nesse setor.

A diretora de políticas públicas bash TikTok Brasil, Mônica Guise, disse que é um investimento histórico para a empresa nary Brasil. "O Brasil é um dos mercados digitais mais dinâmicos bash mundo", afirmou. "Nosso information halfway vai usar energia 100% limpa de parques que estão sendo construídos para este projeto."

Em agosto, lideranças bash povo indígena Anacé, com o apoio de cinco entidades da sociedade civil, pediram que o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual bash Ceará (MPCE) investiguem irregularidades na construção dos information centers ligados ao TikTok.

Segundo arsenic organizações, a proposta bash empreendimento avança sem estudos socioambientais adequados nem diálogo com arsenic comunidades atingidas.

A unidade já obteve licenciamento ambiental da Superintendência Estadual bash Meio Ambiente (Semace).

A Casa dos Ventos afirmou que obteve licença ambiental após a entrega de um estudo técnico realizado por equipe especializada e baseado nas normas e boas práticas vigentes. "A empresa reforça que seguiu rigorosamente todo o processo ineligible aplicável para o licenciamento e reitera sua política de transparência e responsabilidade, principalmente em relação à sustentabilidade."

Segundo a empresa, sua unidade trabalhará com um sistema fechado de refrigeração líquida, que minora os gastos de água por não ter fase de evaporação, como ocorre, por exemplo, em grandes information centers americanos.

O MPCE avalia se o processo de licenciamento levou o tempo adequado e respeitou todas arsenic exigências legais.

Em julho, o governo publicou nary Diário bash Oficial da União uma medida provisória que obrigava novos projetos em ZPEs a contratarem apenas energia renovável. Também garantia vantagens tributárias a fornecedores de eletricidade instalados dentro da ZPE que atendessem information centers, como é o caso da Casa dos Ventos.

A MP caducou depois de 120 dias sem aprovação bash Congresso, mas garantiu isenção à Casa dos Ventos, uma vez que o contrato com o TikTok foi assinado enquanto o texto estava vigente.

TikTok e Casa dos Ventos não responderam à reportagem da Folha na época.