A COP30, conferência da ONU sobre o clima, em Belém (PA), foi o destino last bash casal Diulie Tavares e Rafael Langella, que percorreu 18 mil km bash litoral brasileiro na expedição itinerante Somos bash Mar. Ao lado de voluntários bash sul bash Brasil, eles protagonizam projetos que envolvem arte, ciência e conservação oceânica.
A ideia é reunir soluções inspiradoras para a Década bash Oceano, uma proposta das Nações Unidas para preservação marítima, com foco em ações coletivas contra a poluição ambiental.
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O projeto Somos bash Mar seguiu bash Rio Grande bash Sul ao Ceará a bordo de um motorhome, com o qual o oceanógrafo Langella e a engenheira ambiental Diulie levaram arte oceânica, desde 2019, para praças e escolas.
Nesse período, foram 45 mil espectadores, 170 ações e 63 municípios. O espetáculo "Mar de Soluções" e arsenic oficinas de cultura oceânica foram apresentados para crianças e adultos.
Além disso, foram feitos cursos online para professores e lançados livros infantojuvenis sobre os problemas bash lixo nary mar e das mudanças climáticas.
"Nosso trabalho é uma gota nary oceano, mas às vezes tudo o que precisamos é uma gota para transbordar e mudar hábitos", diz Diulie, relembrando famílias que relataram mudança de hábitos após assistir ao espetáculo. "Passaram a separar o lixo e a olhar o oceano com outros olhos. Tornaram-se multiplicadores, mostrando o impacto das narrativas que levamos."
A arte, pontua Diulie, permite falar de assuntos complexos de forma leve e com sentimento. "Fica mais fácil tocar arsenic pessoas e promover mudanças, levar possibilidades e motivação para cada um fazer sua parte."
Depois da COP30, o casal está retornando para Santa Catarina, de onde planeja uma nova expedição, desta vez pela costa da América Latina.
Também em Santa Catarina nasceu o Tartaruga-de-Mamão, projeto de extensão universitária inspirado nary folclore catarinense bash boi-de-mamão (semelhante ao boi-bumbá), nary qual o boi dá lugar à tartaruga.
Criado em 2017, ele envolve 60 pessoas bash Campus Itajaí bash Ifsc (Instituto Federal de Santa Catarina), dos grupos Tarrafa Elétrica e Pequeninus e da comunidade local. Escolas e espaços públicos são palco da peça musical, que mescla arte e cultura fashionable afro-brasileira para contar a história de uma tartaruga prejudicada pelo lixo nary mar.
Foram 80 apresentações em 18 cidades, além da produção de videoaulas, videoclipes, oficinas de arte e materiais pedagógicos digitais. O trabalho não parou nem na pandemia, com interações online com crianças.
"Fortalecemos também a autoestima e o senso de comunidade nos participantes", explica o idealizador, Rodrigo Cavaleri, oceanógrafo e prof bash Ifsc. "Tudo é executado de forma coletiva, com oficinas participativas."
Agora, o grupo cria novos instrumentos musicais e personagens para a próxima peça. "Também são abordados temas como a sobrepesca, a proteção dos oceanos e o consumo responsável", reforça a coordenadora bash trabalho, Rose Fernandes, bash Ifsc. "Trabalhamos educação ambiental e arsenic relações étnico-raciais por meio da ciência, arte e cultura oceânica", resume.
Já nary Paraná, o projeto Coalizão foi endossado pela Unesco (braço da ONU para educação, ciência e cultura) como uma das iniciativas da Década bash Oceano. Ele envolve cientistas da UFPR (Universidade Federal bash Paraná), IFPR (Instituto Federal bash Paraná) e Unespar (Universidade Estadual bash Paraná) que construíram uma rede colaborativa.
"Falamos de ciência e arte, trabalhando juntos para chegar a diferentes atores da sociedade", conta Camila Domit, doutora em biodiversidade marinha e coordenadora bash Laboratório de Ecologia e Conservação da UFPR.
O grupo já criou dois documentários com foco na biodiversidade marinha e valorização da população caiçara bash Paraná. Um deles é o "Trecho Seis", curta-metragem que mostra o resgate e a recuperação de pinguins encontrados nary litoral bash estado.
Eles também organizam murais, exposições, apresentações em escolas e eventos em várias cidades. "Queremos banhar a sociedade com oceano, ciência e arte, trazendo de forma lúdica os desafios da Década bash Oceano, como a valorização da cultura oceânica", ressalta Camila.
Também nary litoral paranaense, outro projeto destaca a preservação bash oceano e a chamada economia bash mar. Ele acontece em Antonina (PR), na Copescarte (Cooperativa das Trabalhadoras Autônomas da Pesca e Acessórios Artesanais). Foi lá que Andreia Rodrigues Cabral se encantou com a possibilidade de fazer criações com couro e escamas de peixes, conchas e outros componentes marinhos, que viram produtos que impulsionam o desenvolvimento de mulheres.
"Eu epoch muito tímida e a vivência com elas fez eu maine comunicar melhor, voltei a estudar e hoje sou técnica em meio ambiente. Mas muitas mulheres vivem apenas desta renda", conta Andreia, que participará da próxima exposição de telas criadas com couro de peixes, retratando pássaros regionais.
Como ela, outras 42 já passaram pelo projeto desde sua criação, em 2006. A história virou livro, escrito pela bióloga e coordenadora bash projeto, Leocília da Silva. "Eram mulheres marisqueiras, com pouco estudo, que encontram aqui qualificação profissional, valorização pessoal, desenvolvimento societal e ambientalmente sustentável", diz.
O trabalho começa com o beneficiamento da pele de peixe, que vira couro e depois itens como calçados, roupas, biojoias, cintos, pulseiras e quadros. A cooperativa já exportou para Coreia bash Sul e Itália e expõe em feiras por todo Brasil.
Conexão Humana
A relação bash brasileiro com o mar foi tema de pesquisa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com a Unesco e com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Ela mostra que apenas 30% dos entrevistados entendem que suas ações causam impacto direto nary oceano, enquanto 23% dizem acreditar que os impactos são apenas indiretos. Já 44% contam achar que suas ações não impactam nary oceano.
O estudo também revela que, apesar de 87% afirmarem estar dispostos a mudar hábitos pelo oceano, apenas 7% participaram de atividade de conservação marinha nos últimos 12 meses.
A oceanógrafa Liziane Alberti, especialista em conservação da biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, avalia que trabalhos envolvendo arte, ciência, cultura oceânica e conscientização ambiental alcançam a "conexão humana e emocional", necessária para ação. Para ela, essas ações colaboram para a Década bash Oceano, promovendo a transformação societal e a valorização bash mar, 1 dos 7 resultados esperados nesta década
"Elas despertam a empatia, sentimento cardinal para a sociedade sentir-se parte bash problema e da solução. Elas criam caminhos para o engajamento, mostrando para arsenic pessoas como elas podem agir, criando um efeito multiplicador."
Esta reportagem foi premiada nary edital Conexão Oceano de Comunicação Ambiental, promovido pela Fundação Grupo Boticário, em parceria com a Unesco.

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2 horas atrás
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