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Quais são as ações mais afetadas pelas tarifas de Trump?

Com o dólar valendo menos, essas empresas sofrem uma queda na receita. E as tarifas deixam os produtos mais caros. É o caso de algumas das maiores multinacionais brasileiras, como Suzano (SUZB3), de papel e celulose; Weg (WEGE3), de motores elétricos e a Embraer (EMBR3), de aviões.

"A Embraer é a mais atingida, pois 60% da receita dela vem dos Estados Unidos. A Weg tem 20% e a Suzano, 15%", diz Bruno Benassi, analista de ativos da corretora Monte Bravo. Weg e Suzano têm fábrica nos Estados Unidos. Então, segundo Benassi, no longo prazo elas podem transferir essa produção para lá.

Suzano já teve queda de 13,50% no ano (até 2 de abril, conforme a Economatica). Weg caiu 14,23%. Em 2025, Embraer continua no positivo, com alta de 15,45%. Mas em março, já registrou baixa de 5,69%, conforme a Economatica. "Para a Embraer, as tarifas sobre bens manufaturados, como aviões, tornam seus produtos mais caros nos EUA, seu principal mercado, o que reduz a competitividade", diz Hayson Silva, analista da Nova Futura Investimentos.

Empresas de autopeças que fornecem componentes principalmente para o México também perdem. Estão nesse conjunto a metalúrgica Tupy (TUPY3), que acumula queda de 20,03% no ano, Iochpe-Maxion (MYPK3) e a fabricante de ônibus Marcopolo (POMO4) - esta com baixa de 13,10% em 2025.

Iochpe-Maxion está positiva no acumulado do ano, com alta de 8,26%. Mas já encolheu 7,18% em março. "O setor de autopeças sofre, uma vez que 35% de todos os automóveis vendidos nos Estados Unidos são produzidos no México, que foi taxado. A partir de hoje, já estão valendo tarifas de 25% sobre todos os veículos e peças automotivas importados de lá para os EUA. "Tudo vai depender de saber se o tratado de livre comércio entre os dois países vai ser respeitado ou não", acrescenta Benassi.

O setor de aço também fica exposto. "As companhias desse ramo exportam cerca de 48% do que vendem internacionalmente para os EUA, sendo o Brasil o maior fornecedor de aço semiacabado para o mercado americano", diz Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco, plataforma de educação financeira. É o caso de Gerdau (GGBR4), com baixa anual de 9,16%.

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