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Quem é a brasileira parente de secretária do governo Trump que foi presa nos EUA e pode ser deportada

Bruna teve um relacionamento com Michael Leavitt, irmão da porta-voz do presidente. Eles não se falam há anos, de acordo com o advogado dela. O filho do casal, Michael Leavitt Junior, vive com o pai no estado de New Hampshire.

Segundo a família da brasileira, Bruna mora nos EUA desde o fim dos anos 1990, quando era criança. O ICE informou que ela entrou no país com um visto de turista que expirou em junho de 1999.

A família informou que Bruna mantinha status legal nos Estados Unidos por meio do programa Ação Diferida para Chegadas na Infância — ou "DACA", na sigla em inglês.

  • O programa foi criado pelo governo de Barack Obama, em 2012.
  • A medida regulariza temporariamente imigrantes que chegaram aos EUA quando eram menores.
  • Até julho deste ano, mais de 500 mil pessoas participavam do programa, segundo dados oficiais.

Em uma página na internet, a irmã de Bruna, Graziela dos Santos Rodrigues, afirmou que a brasileira cumpriu todos os requisitos para se manter legalmente nos Estados Unidos e sempre se esforçou para fazer o que é certo.

"A ausência de Bruna tem sido especialmente dolorosa para seu filho de 11 anos, Michael Leavitt Junior, que precisa da mãe e espera todos os dias que ela volte para casa a tempo das festas de fim de ano", escreveu.

Bruna com o filho, Michael Leavitt Junior — Foto: Arquivo Pessoal

A família criou uma vaquinha online para arrecadar fundos e pagar a defesa da brasileira. Segundo o ICE, Bruna está detida no estado da Louisiana e aguarda o julgamento que pode levar à deportação.

Um porta-voz do órgão disse que Bruna tem antecedentes criminais, incluindo uma prisão por agressão — informação contestada pelo advogado.

“O ICE prendeu Bruna Caroline Ferreira, uma imigrante ilegal brasileira com antecedentes criminais. Ela já havia sido presa anteriormente por agressão”, afirmou. “Sob o governo do Presidente Donald Trump e da Secretária Noem, todos os indivíduos em situação irregular nos EUA estão sujeitos à deportação.”

Em entrevista à rádio WBUR, Michael Leavitt disse que a única preocupação dele é a segurança e o bem-estar do filho. Já a porta-voz Karoline Leavitt e a Casa Branca não comentaram o caso.

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com repórteres, enquanto a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, está ao lado dele, enquanto ele parte para viajar para a Pensilvânia, do gramado sul da Casa Branca em Washington — Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

Karoline Leavitt foi nomeada secretária de imprensa da Casa Branca em janeiro e atua como porta-voz do presidente Donald Trump. Tradicionalmente, o titular do cargo concede entrevistas diárias a repórteres que cobrem o governo, comenta temas específicos e detalha a agenda presidencial.

De origem humilde, Leavitt se formou em 2019 em política e comunicação por uma faculdade de New Hampshire, após receber uma bolsa esportiva. Ela jogou em um time de softball e foi a primeira da família a concluir um curso superior.

Em 2022, ela disse a um grupo de republicanos que percebeu na faculdade que seu interesse não era o esporte, mas política, serviço público e jornalismo.

  • Leavitt chegou a trabalhar em uma emissora de TV porque queria ser repórter, mas afirmou depois estar “feliz por não ter seguido esse caminho”, que classificou como “lado sombrio”.
  • Ela disse ainda que queria participar do processo político e que Trump foi sua inspiração.

No primeiro mandato de Trump, Leavitt conseguiu um estágio na Casa Branca e trabalhou no escritório de correspondência, escrevendo cartas em nome do presidente. Mais tarde, procurou a secretária de imprensa do governo, e entrou para a equipe como secretária-adjunta.

Após a derrota de Trump em 2020, Leavitt passou a trabalhar na comunicação da deputada Elise Stefanik, de Nova York, uma das principais defensoras do atual presidente na Câmara.

Em 2022, concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados, mas perdeu. Dois anos depois, tornou-se porta-voz da campanha presidencial de Trump. Após a vitória, foi convidada pelo presidente para assumir a chefia da secretaria de imprensa da Casa Branca.

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