Enquanto os líderes mundiais analisam respostas ao republicano e as bolsas mundiais derretem, a China tenta mostrar ao mundo a confiança no crescimento do país, projetando a imagem de um país estável e pacífico.
Pequim reagiu com força às novas tarifas comerciais impostas pelo republicano, e alertou os EUA que está pronta para lutar em "qualquer tipo" de guerra. Analistas observam que o momento pode ser propício para beneficiar os chineses, se conseguirem se aproveitar da lacuna deixada por Washington.
Para o diretor-executivo do Brasil no FMI, André Roncaglia, as medidas recentes de Trump abrem uma grande oportunidade para a China avançar no comércio exterior, e consolidar seu poder comercial, econômico e financeiro na Ásia.
Segundo Roncaglia, é possível que existam agora duas regiões polares que convidem o resto do mundo a negociar com elas, e algumas áreas devem receber mais atenção de Pequim.
“Onde acho que a China tem muito poder de avançar é na área tecnológica. A direção que aponta a gestão Trump é de uma deterioração nas condições da produção de conhecimento científico no país”, afirmou.
Roncaglia, no entanto, vê limites para o alcance da China. “Acho mais difícil que ela avance aqui no hemisfério Ocidental, porque o desenho que a administração Trump vem fazendo cria um polo com forte poder de atração, para que os países da região orbitem em torno dele”, afirmou.

EUA e China iniciam cabo de guerra após retaliação tarifária
A revista britânica “The Economist” também traz uma perspectiva positiva para a China. A capa da publicação desta semana traz o famoso boné MAGA, marca da política de Trump, com a inscrição “Make China great again” (“Faça a China grande de novo”, em tradução para o português).
No editorial, a revista descreve como os americanos “poderiam acabar fazendo a China grande de novo” e chama o momento de “uma bela grande oportunidade”.
O texto lembra que as exportações ainda representam cerca de 20% do PIB da China, como em 2017, o que prejudicará a economia do país — situação agravada pela tática de Pequim de redirecionar as cadeias de fabricação de empresas para países como o Vietnã, fortemente taxado por Trump.
Mas, apesar da deflação, crise imobiliária e consumo fraco, o editorial defende que a China entra na nova era MAGA mais forte do que no primeiro mandato de Trump.
Um exemplo é o DeepSeek, app de inteligência artificial que supera a performance dos modelos criados pelas gigantes de tecnologia do Vale do Silício, nos EUA. O assistente de IA, desenvolvido por uma startup chinesa, demonstrou a capacidade do país de inovar mesmo diante dos embargos de semicondutores dos EUA.
“Xi não tem intenção de preencher o vazio deixado pelo Tio Sam, mas ele tem a chance de expandir a influência da China, especialmente no sul global”, afirma o texto.
Capa da revista "The Economist" — Foto: Reprodução

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7 meses atrás
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