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Reação às tarifas de Trump: China reconhece que desafios comerciais aumentaram e diz que tomará medidas de proteção

"Os desafios enfrentados pelo comércio exterior da China aumentaram significativamente", disse porta-voz do Ministério do Comércio.

"Vamos lidar inabalavelmente com nossos próprios assuntos, para compensar a incerteza do ambiente externo", continuou.

O país asiático também voltou a dizer que não vai recuar diante das provocações de Trump. "Nunca aceitaremos pressão extrema ou intimidação por parte dos Estados Unidos".

"Tomar medidas adicionais para se opor às ações de intimidação dos EUA não tem como único objetivo proteger nossa própria soberania, segurança e interesses de desenvolvimento. Também visa proteger a equidade e a justiça internacionais", disse.

Trump eleva para 125% tarifas contra China

Trump eleva para 125% tarifas contra China

Os Estados Unidos revidaram com mais um aumento de taxa, chegando a 125%.

"Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato", escreveu o líder norte-americano em sua rede social.

Entenda como a taxa sobre a China chegou a 125%:

Bandeiras dos EUA e da China tremulam em Pequim — Foto: Tingshu Wang/Reuters

Paralelamente, o líder norte-americano anunciou uma redução para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma "pausa" no tarifaço, que há uma semana resultou na escalada da guerra comercial global.

"Autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato", escreveu Trump.

Na prática, os EUA passam a ter agora uma taxa geral de 10% sobre quase todas as importações do país, o que inclui produtos brasileiros. Tarifas específicas já em vigor, como as de 25% sobre aço e alumínio, não são afetadas pela medida — e continuam valendo.

Veja a íntegra da nota de Donald Trump

Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR, para negociar uma solução para os assuntos em discussão relativos a Comércio, Barreiras Comerciais, Tarifas, Manipulação Cambial e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos, por minha forte sugestão, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela sua atenção a este assunto!

Trump eleva tarifas contra a China para 125% — Foto: Truth Social/Reprodução

Entenda, ponto a ponto, o embate entre China e EUA

Nesta quarta-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sugeriu que Trump usou as tarifas para criar vantagens de negociação.

"Essa foi a estratégia dele o tempo todo", disse a repórteres. "E pode-se até dizer que ele incitou a China a uma posição ruim. Eles reagiram. Eles se mostraram ao mundo como os maus atores."

Apesar da nova ofensiva contra os chineses, o recuo de Trump em relação ao tarifaço fez o humor dos mercados mudar completamente.

Os principais índices dos EUA dispararam e fecharam com ganhos de até 12% nesta quarta. As bolsas asiáticas também fecharam em alta nesta quinta (10).

Veja abaixo o desempenho:

  • Dow Jones avançou 7,87%, aos 40.608,45;
  • S&P 500 avançou 9,52%, aos 5.456,9;
  • Nasdaq avançou 12,16%, aos 17.124,97.

Com os resultados, o índice Nasdaq registrou sua maior alta diária desde 2001, enquanto o S&P 500 teve seu melhor desempenho desde 2008. Para o Dow Jones, foi o melhor dia desde 2020.

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