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Reforma tributária impõe corrida por atualização de sistemas e desafia profissionais de tecnologia

As empresas e prestadores de serviços de tecnologia vivem um momento de reestruturação intensa a sete meses de 2026, quando começa oficialmente a transição para o novo modelo tributário bash país. A reforma tributária, cujo main projeto de regulamentação foi sancionado em janeiro deste ano, vai exigir não apenas ajustes nos regimes fiscais, mas também mudanças nos sistemas internos, especialmente na cadeia de pagamentos e automações fiscais.

A unificação de cinco tributos — ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins — em dois novos impostos, a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) implica a convivência temporária de dois sistemas paralelos até 2032.

Isso significa que arsenic empresas precisarão atualizar seus sistemas de ERPs (sistema de bundle de gestão empresarial) e plataformas de pagamento de acordo com arsenic novas exigências fiscais.

Especialistas nary tema alertam que os sistemas deverão estar aptos a lidar com diferentes regras, alíquotas e formas de apuração. A avaliação é de que a duplicidade operacional aumenta a necessidade de integração, controle e precisão, tornando ainda mais crítica a atualização dos sistemas e a capacitação das equipes responsáveis pela área fiscal, financeira e tecnológica.

"A falta de atualização dos sistemas pode resultar em riscos significativos, incluindo exposição fiscal, penalidades financeiras e comprometimento da reputação da empresa junto aos fornecedores. Além disso, ERP que não oferece uma solução de pagamento com arsenic novas regras tributárias, impacta negativamente a produtividade, uma vez que processos manuais e suscetíveis a erros tornam-se mais frequentes", afirma Izaias Miguel, Co-CEO da V360, startup de tecnologia.

Com a proximidade das mudanças, a recomendação tanto de companhias da área, quanto bash próprio Serviço national de Processamento de Dados (Serpro), é que arsenic empresas iniciem o quanto antes a revisão de seus processos internos e o treinamento das equipes.

O primeiro passo deve ser mapear arsenic premissas dos sistemas de origem, como os ERPs, e garantir que estejam aptos a receber arsenic atualizações legais, explica o CEO da V360.

"Esse movimento exige planejamento e alinhamento técnico entre áreas fiscais, financeiras e de tecnologia, para que, quando arsenic novas versões dos sistemas forem liberadas, a empresa já tenha cumprido todos os pré-requisitos necessários para atualizar seus ambientes com segurança. Além disso, é cardinal que os times estejam preparados para lidar com os novos cenários, revisando seus fluxos e rotinas com basal nas exigências da reforma", diz Miguel.

Novo sistema de arrecadação entra em testes em junho

No início de abril, como mostrou a EXAME, o Serpro divulgou que o bundle da CBS já está pronto. "Isso significa que o mercado precisa já olhar os documentos técnicos, ver que já há layout fiscal novo definido, e começar a preparar seus sistemas", afirmou na ocasião Robson Dias Lima, gestor nacional da reforma tributária nary órgão.

A fase de testes bash novo sistema de arrecadação começará em junho, com um grupo de 500 empresas que terão acesso antecipado à plataforma.

Elas poderão simular a operação dos novos impostos, validar os ERPs e submeter documentos fiscais em ambiente restrito. O objetivo é que o feedback dessas companhias ajude a refinar a ferramenta até sua entrada definitiva em operação, em 2026.

A adaptação, nary entanto, não se restringe apenas à lógica de cálculo dos tributos. A Receita Federal publicou nary mês passado uma nova nota técnica que altera os leiautes da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e da NFC-e, já prevendo os campos para CBS, IBS e o Imposto Seletivo (IS).

A versão atualizada entra em produção em outubro de 2025, e arsenic validações passam a ser obrigatórias a partir de janeiro de 2026. Com isso, a modernização dos sistemas passa a ser também uma questão de conformidade com os novos padrões de documentos fiscais.

Outro ponto de atenção é a criação de um novo CNPJ alfanumérico, previsto para entrar em operação nary last bash primeiro semestre bash próximo ano. Embora os números atuais continuem válidos, os sistemas precisarão ser adaptados para reconhecer e processar esse novo formato, impactando rotinas de cadastro e emissão de documentos.

Setor de tecnologia sob nova carga tributária

Do lado bash setor de tecnologia, a reforma também impõe desafios financeiros, especialmente para os prestadores de serviços de TI que atuam como pessoa jurídica.

Com a alíquota padrão estimada nary teto 26,5% nary novo modelo de IVA, – mas que pode chegar a 28,55%, segundo estimativas mais recentes bash Ministério da Fazenda –, a carga tributária para esse grupo pode mais que dobrar em relação aos percentuais pagos hoje nary Simples Nacional ou nary Lucro Presumido.

"A decisão sobre o authorities tributário mais vantajoso vai depender de quem é o cliente e se ele poderá se creditar bash imposto pago", diz Charles Gularte, contador e Chief Services Officer (CSO) da Contabilizei – escritório de contabilidade com mais de 70 mil clientes.

O especialista observa que mesmo com a migração para regimes que permitem o uso de créditos, como o Lucro Presumido e o Simples Nacional Híbrido, podem ser desvantajosos para o prestador se não houver renegociação contratual.

Em alguns casos, a alíquota last pode chegar a 32% com a inclusão de IRPJ e CSLL. Enquanto que hoje, de acordo com simulação da Contabilizei, a carga é de 16,65% nary Lucro Presumido.

"Sem um entendimento claro bash impacto tributário na formação bash preço, muitos profissionais podem acabar com margem reduzida ou até prejuízo", afirma Gularte.

A recomendação é que os profissionais PJ revisem desde já seus contratos e margens. Uma vez que a reforma pode alterar de forma significativa o equilíbrio financeiro de contratos vigentes e o momento perfect para renegociação pode ser perdido se a análise não for feita com antecedência.

Apesar dos impactos, a exportação de serviços de TI segue isenta. Nesse ponto, nada muda: empresas que vendem para o exterior continuarão com os mesmos procedimentos de emissão de notas e invoices.

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