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Relator diz que avaliará supressão de trecho da tributária até 2ª

Relator diz que avaliará supressão de trecho da tributária até 2ª Relator diz que avaliará supressão de trecho da tributária até 2ª

Relator do texto da reforma tributária na Câmara, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) disse nesta 4ª feira (22.nov.2023) que analisará a “possibilidade técnica” e se é necessário de fato suprimir o trecho da proposta sobre a partilha de IBS (Imposto de Bens e Serviços) com os Estados. O assunto deve ser discutido na 2ª feira (27.nov), em reunião com líderes partidários e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Ao aprovar o texto em 8 de novembro, o Senado definiu que as unidades da Federação que arrecadarem mais de 2024 a 2028 terão proporcionalmente mais do IBS quando esse imposto passar a valer. Pela reforma, o novo tributo substituirá o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).

O deputado também disse que a reunião da 2ª feira (27.nov) servirá para discutir o cronograma de votação da reforma tributária na Câmara. “Nós estamos concluindo o trabalho de avaliação do texto entregue pelo Senado”, declarou.

Ribeiro chamou de “ilação” qualquer tentativa de relacionar a decisão dos Estados de aumentar o ICMS com a reforma tributária. Ao menos 22 unidades da Federação já aumentaram ou anunciaram a intenção de elevar suas alíquotas do tributo sob o argumento de preservar a arrecadação de eventual perda a partir da divisão do futuro IBS.

O relator do texto na Câmara mencionou o Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal) para justificar o movimento de elevação da alíquota do ICMS nos Estados. Também relacionou as leis complementares 192 e 194 à perda de arrecadação alegada pelos governos estaduais com o tributo.

Acerto com Haddad

Na 3ª feira (21.nov), o ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse ao Poder360 que acordou com Aguinaldo a mudança para deslocar o período considerado de arrecadação dos 26 Estados e do DF para definir como se dará a partilha do IBS.

O Poder360 apurou que Ribeiro deve propor que o período para o cálculo de partilha do imposto com os entes seja proposto via lei complementar –que não precisa de maioria qualificada e, por isso, é mais fácil de ser aprovada.

Com a retirada do artigo sobre a partilha do IBS, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária não precisa voltar ao Senado para uma 2ª votação.

Aguinaldo Ribeiro busca acabar com o argumento de que os Estados podem ser prejudicados em breve e, por essa razão, estão elevando as alíquotas do imposto estadual. A intenção do relator é diminuir as resistências das unidades da Federação em aprovar a reforma tributária.

Na 2ª feira (20.nov), uma carta assinada por 6 Estados anunciou o aumento da alíquota do ICMS. Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul demonstraram descontentamento com a reforma tributária. Todos pretendem elevar as taxas para 19,5%.

Esse percentual será proposto pelos governadores às Assembleias Legislativas de cada Estado.

Descarta fatiamento

Aguinaldo Ribeiro também disse querer entregar a reforma tributária ainda em 2023 e que nem Câmara nem Senado desejariam um “fatiamento” da proposta. “Vamos descartar essa palavra”, declarou.

Segundo o deputado, deixar para aprovar para depois outros pontos que não estão de acordo entre deputados e senadores resultaria em “insegurança jurídica”. Afirmou que a decisão de levar o texto ao plenário já no final próxima semana dependeria de Lira.

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