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Resistência à MP dos bancos e bets no Congresso é eleitoral, diz Haddad

O ministro isentou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que teria admitido que a resistência é política. "Todas as questões de mérito foram pactuadas. Tanto é verdade que eu deixo aqui meu agradecimento ao presidente Hugo Motta, que reconheceu isso. Ele e a cúpula da mesa falaram: 'Olha, não é mais uma questão de mérito. Não é mérito que está sendo discutido mais'", afirmou.

Segundo Haddad, o projeto não afetará "99%" dos brasileiros. "É um acordo que não penaliza o trabalhador, não penaliza 99% da população e não penaliza nem o 1% [mais ricos], mas [a MP] chama o 1% à responsabilidade de garantir que o país continue funcionando bem. É um chamamento à responsabilidade do 1%", disse.

Seja bets, seja banco, seja bilionário: é só a justa parte [que lhes cabe].
Fernando Haddad

Mais cedo, o líder do governo na Câmara responsabilizou o governador de São Paulo. José Guimarães (PT-CE) disse que, mesmo sem maioria, o presidente Lula orientou os governistas a votarem o texto a fim de expor os votos contrários. "Quem der o voto vai aparecer quem votou contra o Brasil, e vamos responsabilizar esses agentes políticos externos que estão desde ontem [7] tentando inviabilizar a medida provisória, como o governador de São Paulo [Tarcísio de Freitas, do Republicanos]", afirmou à GloboNews.

O Planalto desconfia da atuação dos governadores de direita nas articulações para que a MP caduque. O objetivo seria criar problemas de caixa para o governo e dificultar a vida do presidente em 2026, ano eleitoral. A aliados, Tarcísio de Freitas negou a suposta articulação ao dizer que está focado na crise de metanol no estado.

Mesmo que a MP seja rejeitada, o governo buscará outras formas de compensar a perda financeira. "Nós vamos continuar perseguindo os mesmos objetivos, independentemente do resultado [da votação]", disse Haddad sem entrar em detalhes, que seriam definidos por Lula. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que R$ 10 bilhões em emendas parlamentares podem ser contingenciados se a MP não passar.

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