A capa da edição da revista publicada nesta quinta-feira (3) estampa uma arte de Trump abrindo um buraco abaixo de seus pés com um serrote, no formato do mapa dos EUA. No texto, a revista afirma que o presidente "cometeu o erro econômico mais profundo, prejudicial e desnecessário da era moderna".
A "Economist" alega que as tarifas irracionais do presidente Trump "causarão estragos econômicos", mas afirma que o resto do mundo pode limitar os danos. A capa da revista ainda traz a seguinte frase: "como limitar os danos globais".
O texto ainda diz que as afirmações do republicano "são um absurdo completo, e a compreensão dos detalhes técnicos foi patética". Segundo a revista, não há como evitar o caos que Trump causou na economia.
A "Economist" ainda diz que todas as falas de Trump esta semana foram "completamente delirantes" e que a leitura do presidente sobre a história econômica dos EUA "está de cabeça para baixo". Isso porque Trump glorifica a era de altas tarifas e baixos impostos sobre a renda do final do século XIX.
Porém, estudos mostram que as tarifas prejudicaram a economia dos EUA naquela época. Na Grande Depressão nos anos 1930, "as árduas rodadas de negociações comerciais nos 80 anos seguintes reduziram tarifas e ajudaram a aumentar a prosperidade".
Além disso, o editorial afirma que o protecionismo prejudicará tanto os consumidores americanos, que pagarão mais caro pelos produtos, quanto os próprios fabricantes, que perderão a competitividade.
Quais foram as tarifas anunciadas?
Donald Trump detalhou nesta quarta-feira (2), quais serão as tarifas recíprocas que pretende cobrar de produtos importados a partir de abril.
O republicano afirmou que o país cobrará 10% de todas as importações feitas do Brasil, e as demais tarifas que serão cobradas dos países que taxam produtos norte-americanos serão ao menos metade da alíquota cobrada dos EUA.
As tarifas serão aplicadas a partir de 5 de abril. Já as tarifas recíprocas individualizadas, mais altas, serão impostas aos países com os maiores déficits comerciais com os EUA a partir do dia 9. Veja abaixo a lista completa:
Chamada pelo republicano de "Dia da Libertação", esta quarta-feira (2) marca o início de um conjunto de tarifas que, segundo Trump, libertarão os EUA de produtos estrangeiros.
Trump afirmou que "teria sido difícil para muitos países" cobrar a mesma alíquota cobrada dos EUA, e que daria descontos porque os americanos são "muito gentis".
"Se vocês olharem para aquela primeira linha da China, 67%, essas são as tarifas cobradas dos EUA, incluindo manipulação cambial e barreiras comerciais. [...] vamos cobrar uma tarifa recíproca com desconto de 34%", disse.
"União Europeia, eles são muito duros, comerciantes muito, muito duros. Vocês sabem, vocês pensam na União Europeia, muito amigáveis. Eles nos exploram. É tão triste de ver. É tão patético. 39%, vamos cobrar deles 20%."

Trump anuncia 10% de taxa para produtos brasileiros
Na última semana, o presidente norte-americano chegou a afirmar que as tarifas devem incluir todos os países, mas disse que as taxas podem ser mais suaves do que se espera e que está disposto a fazer acordos.
Além das tarifas recíprocas, outras taxas já anunciadas por Trump também passaram a valer nesta quarta-feira (2), como a cobrança de 25% sobre carros importados pelos EUA e as taxas de 25% sobre as exportações feitas ao país e que não se enquadrem no USMCA (acordo comercial que existe entre os três países), por exemplo.
As incertezas sobre como essas taxas devem funcionar e quais os impactos podem ter nas economias do mundo têm impactado o mercado financeiro nas últimas semanas e causado uma série de reações de diferentes países.
O projeto recebeu apoio amplo do Congresso e do governo, e veio após Trump citar o Brasil como exemplo de um país que deve ser taxado.

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7 meses atrás
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