"Achei histórico mesmo. É a primeira vez que fazemos uma reforma na tributação cujo único objetivo é melhorar a distribuição de renda.E aprovamos por unanimidade, algo sem precedentes e inimaginável alguns meses atrás", afirmou Marcos Pinto à coluna.
O governo estava preparado para mais ''emoção", nas palavras de um assessor que participou das reuniões com parlamentares. "A verdade é que foi absolutamente tranquilo. Achei que ia ter mais emoção. 'Jabutis' (matéria estranha ao texto), traições. Mas não houve nada. A opinião pública pesou muito. Ninguém queria ficar contra a ideia", analisou.
Na avaliação de auxiliares do Ministério da Fazenda, o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o relator, Arthur Lira, foram muito hábeis. "Eles rejeitaram todas as propostas que não tinham ou reduziam a compensação, que eram as mais perigosas. Ninguém quis se expor no plenário com pauta impopular", disse um assessor próximo a Fernando Haddad.
Havia emendas para aumentar a faixa de isenção de R$ 7.350 para R$ 7.500 e atualizar automaticamente a tabela de imposto de renda de acordo com a inflação. Mas o relator rejeitou todas sob o argumento de que teriam impacto financeiro relevante sem previsão de receita. Foram feitas mudanças pontuais no relatório para esclarecer alguns pontos, em acordo com os líderes.
O governo ajudou com a liberação das emendas. "Isso avançou ao longo do mês de setembro todo. Foi fundamental", admite um dos negociadores.
Nem o entorno de Lira acreditou no placar unânime. "Nem eu acreditei", desabafou um assessor. "A palavra-chave é diálogo. Lira conhece o regimento, a dinâmica da casa, os deputados e tem credibilidade", ponderou.

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1 mês atrás
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