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Santander lucra R$ 4 bi no trimestre, alta de quase 10%

Terceiro maior banco privado no Brasil, o Santander registrou alta de 4% no volume de clientes ativos, para 33,7 milhões, com alta de 7% na "principalidade" - que são os clientes que concentram a maior parte das transações no banco.

Competição com fintechs

Essa maior seletividade na baixa renda, segundo Leão, se explica pelo ambiente altamente competitivo no segmento, com presença mais ativa de fintechs e o alto comprometimento da renda da população. "Na baixa renda, a gente olha capacidade de conceder crédito e receber de volta. E mesmo com a inflação caindo, o emprego em níveis historicamente altos, não vemos elasticidade tão grande para esse cliente se endividar", diz. "Isso tem a ver com a concorrência com os bancos digitais, que tem concedido bastante crédito nessa faixa."

O executivo disse ainda que as novas regras para operações de antecipação do saque-aniversário terão impacto relevante. "Essa linha vinha crescendo de forma acelerada e isso vai ser reduzido drasticamente. É uma pena. Essa linha me permitia entrar em alguns clientes que eu não teria apetite", diz. A antecipação do saque-aniversário movimentava cerca de R$ 3 bilhões ao ano, mas 80% desse volume deve ser impactado pelas novas regras, segundo estimativas da ABBC. "Respeitamos a decisão do governo, mas é uma pena que essa linha tenha sido restringida na prática de forma tão relevante."

Ele diz que o volume de crédito que ia para a antecipação do saque aniversário deve ser direcionado para outros produtos, como o consignado do trabalhador do setor privado. "O Crédito do Trabalhador ainda depende de problemas operacionais para ficar pronto e acabado, mas achamos que vai ser um produto de sucesso, um mercado de R$ 200 bilhões. Estamos crescendo na originação, vamos crescer no próprio trimestre, mas vamos olhar bem a pessoa jurídica que está por trás do cliente pessoa física."

Segundo o banco, essa maior seletividade nas carteiras tem contribuído para reduzir as despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD), que ficaram em R$ 6,524 bilhões, com queda de 4,9% ante o trimestre anterior. Em relação ao ano anterior, houve alta de 10,9%, reflexo também das novas regras de reporte de provisões estabelecidas na resolução nº 4.966 do Conselho Monetário Nacional.

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