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Secretário de Guerra dos EUA usa desenho infantil para zombar de ataques a barcos no Caribe e acusações de crime de guerra

A montagem compartilhada por Hegseth mostra uma tartaruga verde chamada Charlie, de um desenho infantil de mais de 20 anos de existência e popular nos EUA, a bordo de um helicóptero disparando um lança-mísseis contra barcos carregados com pacotes e pessoas armadas com o título "Franklin mira narcoterroristas". (Veja na imagem acima)

O Exército dos EUA realiza, desde setembro, bombardeios contra embarcações no Caribe e no Oceano Pacífico —em águas internacionais próximas à costa da América do Sul— a mando do presidente dos EUA, Donald Trump. Os ataques são amplamente repudiados pela comunidade internacional, e a ONU disse ver elementos de "execuções extrajudiciais". (Leia mais abaixo)

Principal porta-voz dos ataques a embarcações Hegseth teria dado uma ordem direta às tropas que matassem todos os integrantes de um dos barcos alvejados pelos EUA, o que configuraria um crime de guerra, segundo o jornal americano "The Washington Post".

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“A ordem era matar todo mundo”, disse uma pessoa com conhecimento da operação sobre uma ordem verbal dada por Hegseth.

Funcionários dentro do governo dos EUA e especialistas em direito de guerra disseram ao "Washington Post" que a campanha letal do governo Trump no Caribe é ilegal e pode expor os diretamente envolvidos a futuras acusações. O Pentágono já indicou, por meio de um comunicado interno visto por agências de notícias, de que dará imunidade aos soldados envolvidos nos bombardeios a embarcações.

Até o momento, 20 embarcações foram atacadas e um total de 80 pessoas foram mortas. O ataque mais recente foi em 13 de novembro. O governo Trump acusam, sem apresentar provas, essas embarcações de pertencerem a cartéis de drogas latino-americanos e conter narcoterroristas e carregamentos de drogas rumo aos EUA.

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou em novembro haver "indícios" de que os ataques do governo Trump são execuções extrajudiciais. No final de outubro, a ONU pediu que os EUA parassem com os ataques.

Os bombardeios a essas embarcações também compõem uma estratégia de pressão ao governo Maduro, acusado pelos EUA de chefiar o Cartel de Los Soles. O presidente venezuelano acusa o governo Trump de realizar uma campanha de pressão que tem como objetivo o tirar do poder.

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