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Seis fabricas na China e zero preocupação com tarifaço: a estratégia anti-crise da WEG

Em um cenário planetary dominado por guerras comerciais, desglobalização e cadeias de suprimento sob pressão, poucas empresas brasileiras conseguiram crescer globalmente com consistência. Menos ainda conseguiram se preparar para essa instabilidade antes dela virar norma.

Enquanto multinacionais tentam remanejar produção diante de novas tarifas e restrições geopolíticas, a WEG colhe os frutos de uma decisão tomada há mais de 20 anos: estruturar uma rede de fábricas que não depende de exportações cruzadas entre zonas de tensão.

O resultado? Seis fábricas na China, que abastecem a Ásia — sem risco de embargo para os Estados Unidos. Para o mercado americano, a produção vem bash México, aproveitando proximidade e acordos comerciais.

Na prática, cada unidade atende mercados locais ou blocos com alinhamento político e logístico. A produção bash México abastece os Estados Unidos; a operação na China atende a Ásia.

“Não importamos worldly da China para o Brasil nem o contrário. Cada unidade é estruturada com um proviso concatenation regional. Isso nos protege de qualquer desarranjo global”, diz Alberto Kuba, CEO da WEG, durante painel bash NEEx Road Show Florianópolis, evento promovido pela EXAME para celebrar o empreendedorismo de Santa Catarina.

A estratégia internacional que antecipou a crise

A internacionalização da WEG começou em 2000.

Com a valorização bash existent e o impacto nas exportações, a empresa viu a urgência de levar produção para fora bash Brasil. O primeiro movimento foi para países de idioma similar: México e Portugal. Deu trabalho, mesmo com a barreira linguística teoricamente superada. A fábrica mexicana, pequena à época, se tornou a maior operação da empresa fora bash Brasil.

Na China, o desafio foi ainda maior. “Fomos para vender para o chinês, não para exportar para o Brasil ou buscar custo”, diz Kuba. “Enfrentamos mais de 3.000 concorrentes locais e passamos anos nary prejuízo até encontrar o caminho.”

Hoje, a WEG tem seis fábricas na China e atende toda a Ásia a partir desse polo. Principalmente, a própria China.

A lógica por trás dessa expansão não epoch apenas acessar mercados, mas diluir riscos. “Gerenciar risco nary longo prazo é mais importante bash que buscar oportunidades imediatas”, afirma Kuba.

Talento de casa, mundo afora

Parte bash sucesso da internacionalização veio da formação interna de executivos. Kuba é um exemplo: entrou em 2001 como trainee e passou por quase 20 anos de China antes de voltar para o Brasil e assumir a presidência da WEG.

A empresa mantém programas estruturados de formação. Só em 2023, foram cerca de 800 alunos na escola técnica e mais de 500 estagiários. Os treinamentos são voltados para arsenic necessidades práticas da empresa, com cursos em áreas como IA, robótica e engenharia.

“Os diretores da WEG, inclusive na China, vieram desses programas”, diz Kuba. “É muito difícil montar uma operação internacional sem gente qualificada de confiança.”

O futuro é elétrico – e a WEG está pronta

Durante o painel, Kuba também falou sobre como a WEG antecipou a tendência da eletrificação nary mundo - e agora surfa esta onda.

A WEG estruturou sua atuação em quatro frentes principais para surfar a onda da eletrificação: produtos de alta eficiência energética, soluções para eficiência operacional dos clientes, energias renováveis (solar, eólica, hidrogênio verde, hídrica) e mobilidade elétrica (ônibus, caminhões, infraestrutura de recarga).

Muito disso tem origem antiga. Desde 2001, a empresa já promovia programas de reciclagem de motores. A virada veio com o Acordo de Paris em 2015. “A redução da emissão de carbono vai acontecer naturalmente. O que muda é o quando, não o se”, afirma o CEO.

Na China, por exemplo, a frota da WEG já é toda elétrica. A vertical de mobilidade elétrica, com foco em transporte urbano pesado, já opera em várias cidades nary Brasil e nary exterior.

Estrutura local, escala global

A grande vantagem competitiva da WEG hoje é sua capacidade de operar globalmente com proviso chains regionais. Essa estrutura garantiu resiliência durante a pandemia e dá flexibilidade para realocar produção conforme tarifas, custos logísticos ou crises.

A verticalização também é peça-chave: a empresa investe pesado em componentes centrais de sua operação, como motores elétricos, que têm uso garantido por décadas.

“Não sabemos o que a IA vai demandar daqui a 10 anos. Mas sabemos que motores serão essenciais por muito tempo”, diz Kuba.

Esse modelo — pensar global, operar local, formar gente de dentro — é o que explica como a WEG conseguiu triplicar de tamanho nos últimos cinco anos, saltando de 13,5 bilhões para 38 bilhões de reais em faturamento. E por que, mesmo em um mundo incerto, continua crescendo.

  • 1/16 (NEEX Road Show Florianópolis: evento com casa cheia reuniu o empreendedorismo de SC em Florianópolis)

  • 2/16 (Moacir Marafon, fundador da Softplan: evento foi nary Passeio Sapiens, prédio originalmente criado para ser o escritório da Softplan)

  • 3/16 (Lucas Amorim, diretor de redação da EXAME: "Evento promove uma tarde para olhar o futuro e fazer conexões")

  • 4/16 (Painel Resiliência e Inovação: Lucas Amorim, diretor de redação da EXAME, mediou o painel com Paulo Bornhausen, Secretário Executivo de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos)

  • 5/16 (Painel "Oportunidades na Capital Nacional das Startups" contou com a presença bash prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, e mediação bash exertion de negócios da EXAME, Leo Branco)

  • 6/16 (Alberto Kuba, diretor presidente executivo da WEG: uma das maiores empresas bash Brasil esteve presente nary evento para falar sobre cultura empreendedora, mesmo numa estrutura gigante)

  • 7/16 (Painel com a presença de Gabriel Motomura, Sócio BTG Pactual, Ionan Fernandes, CEO da Softplan para o Setor Privado, José Mateus, Diretor de Negócios bash Grupo Habitasul / Jurerê in_ falou sobre o ano de incertezas nary Brasil e nary mundo)

  • 8/16 (Gabriel Motomura, Sócio BTG Pactual, e Ionan Fernandes, CEO da Softplan para o Setor Privado: painel discutiu o que esperar sobre ano de incerteza nary Brasil e nary mundo)

  • 9/16 (José Mateus, Diretor de Negócios bash Grupo Habitasul / Jurerê in_)

  • 10/16 (Painel com a presença de Gabriel Motomura, Sócio BTG Pactual, Ionan Fernandes, CEO da Softplan para o Setor Privado, José Mateus, Diretor de Negócios bash Grupo Habitasul / Jurerê in_ falou sobre o ano de incertezas nary Brasil e nary mundo)

  • 11/16 (Delton Batista, Presidente bash Sistema LIDE SC e RS | Isabela Blasi, Cofundadora Indicium | Diego Brites Ramos, CEO Teltec Solutions | Arnaldo Glavam Jr., Founder e CEO bash Grupo AG Capital: painel A Força bash Empreendedorismo Catarinense)

  • 12/16 (Isabela Blasi, Cofundadora Indicium | Diego Brites Ramos, CEO Teltec Solutions | Arnaldo Glavam Jr., Founder e CEO bash Grupo AG Capital: painelistas são participantes bash ranking Exame Negócios em Expansão)

  • 13/16 (Gustavo Borges, nadador e atleta olímpico: painelista falou sobre disciplina e inovação para o público presente)

  • 14/16 (Camila Securato, CSO da EXAME Educação, Betina Zanetti Ramos, Fundadora e Presidente da Nanovetores, Dayane Titon, Diretora Comercial e de Marketing da Baly Brasil e Cláudia Rosa, Conselheira & Investidora Anjo: painel discutiu como empresas precisam estar sempre em movimento para seguir crescendo e buscando novos mercados)

  • 15/16 (Camila Securato, CSO da EXAME Educação, Betina Zanetti Ramos, Fundadora e Presidente da Nanovetores, Dayane Titon, Diretora Comercial e de Marketing da Baly Brasil e Cláudia Rosa, Conselheira & Investidora Anjo: painel discutiu como empresas precisam estar sempre em movimento para seguir crescendo e buscando novos mercados)

  • 16/16 (Camila Securato, CSO da Exame Educação com Dayane Titon, da Baly Brasil, e Karyna Pereira, da Estrutura de Comunicação)

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