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Sem MP de bets e bancos, mercado vê risco de governo descumprir meta em 26

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad Imagem: Mateus Bonomi/Reuters

O mercado prevê que, se a MP 1303 — que trata da taxação de bets, fintechs e investimentos financeiros e regula a compensação de PIS/Cofins — for derrotada ou perder a validade, o risco fiscal do governo aumenta consideravelmente. A MP tem estimativa de arrecadar R$ 17 bilhões no ano que vem e caduca hoje às 23h59.

"Se [a MP] não for aprovada, piora a percepção sobre a capacidade do governo de entregar a meta [fiscal], embora não signifique um colapso imediato", comenta Marcelo Bispo, economista da Onfield Investimentos. "O mercado é o melhor termômetro: as curvas longas de juros já vêm se ajustando desde meados de setembro, refletindo essa cautela, e a Bolsa brasileira passa por um movimento de correção mesmo com mercados internacionais renovando máximas."

André Valério, economista-sênior do Banco Inter, lembra que no PLOA (projeto de lei orçamentária) de 2026, a meta é de superávit de 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto) — ou R$ 34,3 bilhões. "Sem a arrecadação de R$ 17 bilhões da MP, o governo ficaria com o déficit praticamente zerado, ainda no limite inferior permitido pelo arcabouço. Mas, em ano de eleição, é provável que haja outros gastos pressionando, além do risco de uma desaceleração da arrecadação mais forte do que o esperado, colocando em risco essa meta fiscal", afirma.

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