A reconstrução do Rio Grande do Sul, após a enchente que atingiu 1,9 milhão de pessoas, em quase 90% do território gaúcho, passa por ações coletivas e ruptura de paradigmas, segundo especialistas reunidos na tarde desta segunda-feira. A Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) promoveu o seminário “Os efeitos das enchentes no RS”, com a presença de professores de seis universidades gaúchas (PUCRS, UFRGS, UPF, Unipampa, Furg e Unisinos)
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A reconstrução do Rio Grande do Sul, após a enchente que atingiu 1,9 milhão de pessoas, em quase 90% do território gaúcho, passa por ações coletivas e ruptura de paradigmas, segundo especialistas reunidos na tarde desta segunda-feira. A Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) promoveu o seminário “Os efeitos das enchentes no RS”, com a presença de professores de seis universidades gaúchas (PUCRS, UFRGS, UPF, Unipampa, Furg e Unisinos)
Além da suspensão do pagamento da dívida e abertura de linhas créditos, a sugestão dos docentes é criação de um fundo de incentivos fiscais com maior transparência, fortalecimento de instituições públicas e novos marcos legislativos para zoneamento urbano e produtivo. Também foi sugerido maior rigor com o licenciamento ambiental, adoção de práticas agrícolas que permitam maior absorção e atenção para o avanço do plantio de soja.
Doutor em Economia, o professor da PUCRS Adelar Fochezatto defendeu a criação de projetos que aumentem o armazenamento de água e criação de áreas de absorção. “Essas medidas ajudam a manter a água onde ela cai. São princípios basilares se quisermos pensar a longo prazo. Não basta aumentar investimento em drenagem em Porto alegre, é preciso olhar para as bacias em regiões mais altas”, observou.
O professor lembrou ainda da importância de reativar o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), desativado no governo do prefeito Nelson Marchezan, e sugeriu repensar a ocupação do 4º. Distrito. Em lugar de grandes empresas, como cervejarias, a região deveria priorizar pequenos comércios e espaços verdes.
O grande aprendizado, segundo o professor Alessandro Miebach, do curso de Pós Graduação em Economia da UFRGS, é de que o Rio Grande do Sul não está preparado para eventos climáticos dessa magnitude. “O desafio do século XXI é construir resiliência. Vamos ter mais custos e mais impostos. Temos que discutir quem vai pagar. Uma das saídas é tributar a riqueza”, observou. Miebach também questionou o avanço do setor agrícola sobre o bioma pampa e defendeu a radicalização contra “o negacionismo com fins espúrios”.
A ruptura com o padrão de regulação dos últimos 40 anos seria outra questão importante, sob pena de aceleração da degradação social, como aconteceu em New Orleans após o furacão Katrina, em 2006. “A continuidade do neoliberalismo é a tendência de aceleração da degradação social no contexto da transição climática”, observou.

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