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Senhas mais usadas no Brasil em 2025 são perigosas; veja se a sua está na lista

A sétima edição do estudo anual sobre senhas mais comuns, conduzido pela NordPass em parceria com a NordStellar e pesquisadores independentes, trouxe um alerta preocupante: os brasileiros continuam usando senhas extremamente vulneráveis, independentemente da idade. A pesquisa, que analisou dados públicos e de repositórios da dark web entre setembro de 2024 e setembro de 2025, abrangeu 44 países e diferentes gerações, da geração silenciosa (nascidos antes de 1946) até a geração Z (1997-2007).

A persistência de senhas como "123456" no topo das listas ano após ano demonstra que a comodidade ainda prevalece sobre a segurança para a maioria das pessoas. Além disso, outras sequências simples e fáceis de serem adivinhadas estão entre as mais utilizadas no Brasil. A seguir confira quais são as senhas mais escolhidas e uma análise realizada a partir dessas informações.

 Reprodução/Freepik Senhas mais usadas no Brasil em 2025 são perigosas; veja se a sua está na lista — Foto: Reprodução/Freepik

Top 10 senhas mais usadas no Brasil

 Reprodução/Canva Usuário não deve fornecer dados pessoais e senhas em páginas e aplicativos suspeitos — Foto: Reprodução/Canva

Como metodologia, a pesquisa da NordPass analisou dados de 44 países em um período de setembro de 2024 a setembro de 2025. Teve como fontes bancos de dados públicos e repositórios da dark web. Além disso, fez uma análise geracional: da geração silenciosa à geração Z. Vale ressaltar também que nenhum dado pessoal foi comprado para o estudo.

A partir do estudo, é possível observar diversos comportamentos. Um deles é que no Brasil, o panorama das senhas mais utilizadas revela uma preferência pela praticidade que coloca milhões de contas em risco. Veja abaixo.

  • admin - mais de 2 milhões de ocorrências
  • 123456 - mais de 1,6 milhão de ocorrências
  • 12345678 - 594 mil ocorrências
  • Sequências numéricas simples continuam dominando até o 9º lugar
  • gvt12345 - 96 mil ocorrências (10º lugar)
  • password - 84 mil ocorrências (11º lugar)
  • mudar123 - 68 mil ocorrências (14º lugar)
  • 1q2w3e4r - 53 mil ocorrências (20º lugar)

A presença de "gvt12345" é particularmente interessante, provavelmente relacionada a credenciais padrão de roteadores da antiga operadora GVT. Já "mudar123" sugere que muitos usuários criam senhas temporárias, mas nunca as atualizam.

Cenário global: mesmos erros, escala maior

Mundialmente, o padrão se repete com números ainda mais alarmantes:

  • 123456 lidera com 21,6 milhões de ocorrências
  • admin aparece em segundo lugar com 21,03 milhões
  • Nos últimos sete anos, "123456" dominou o ranking em seis ocasiões

A surpresa geracional: nativos digitais também erram

 Reprodução/Júlia Silveira Senhas mudam de acordo com padrões culturais e geracionais — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

Uma das descobertas mais surpreendentes do estudo é que a Geração Z, que cresceu imersa na tecnologia, não demonstra hábitos significativamente melhores na criação de senhas. Sequências numéricas simples continuam no topo das preferências, com a diferença sendo apenas a inclusão de gírias da internet, como "skibidi", entre as senhas mais comuns.

Isso contradiz a expectativa de que os nativos digitais seriam naturalmente mais conscientes sobre segurança digital. Na prática, usuários de 80 anos ou mais e adolescentes da Geração Z cometem erros semelhantes ao escolher suas credenciais.

Padrões culturais nas senhas

A pesquisa também revelou diferenças culturais interessantes:

  • Variações linguísticas: "password" e suas traduções aparecem em diversos idiomas
  • Nomes próprios: "kristian123" é comum em alguns países, enquanto "Joan89" aparece em outros
  • Patriotismo: nomes de países frequentemente são usados como senha
  • Números da sorte: variam conforme a cultura local
  • Palavrões: presentes em praticamente todas as listas nacionais

Por que essas senhas são tão perigosas?

 Reprodução/Freepik Criar senhas fáceis facilita a invasão de contas e o roubo de dados por hackers — Foto: Reprodução/Freepik

Senhas como "123456" ou "admin" podem ser quebradas em frações de segundo por ferramentas automatizadas. Hackers utilizam listas de senhas comuns como primeiro método de ataque, o que torna essas credenciais praticamente inúteis para proteção.

Além disso, a presença de "1q2w3e4r" na lista brasileira demonstra outro erro comum: usar a proximidade das teclas no teclado. Embora pareça aleatório à primeira vista, esse padrão é bem conhecido por criminosos digitais.

Como criar senhas realmente seguras?

Características de uma senha forte:

  • Comprimento mínimo: pelo menos 12 caracteres
  • Mistura de elementos: letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais
  • Imprevisibilidade: evite sequências, padrões de teclado e informações pessoais
  • Unicidade: nunca reutilize senhas entre diferentes serviços
  • Gerenciadores de senha: armazenam e geram senhas complexas automaticamente
  • Autenticação multifator (2FA): adiciona uma camada extra de segurança
  • Passkeys: tecnologia mais recente que substitui senhas tradicionais
  • Revisão regular: atualize senhas periodicamente, especialmente as antigas
  • ❌ Usar informações pessoais (datas de nascimento, nomes de familiares)
  • ❌ Repetir senhas em múltiplas plataformas
  • ❌ Anotar senhas em locais não seguros
  • ❌ Compartilhar credenciais com outras pessoas
  • ❌ Usar senhas que aparecem em listas de "senhas comuns"

Consequências de senhas fracas

Usar senhas vulneráveis pode resultar em:

  • Roubo de identidade digital
  • Acesso não autorizado a contas bancárias
  • Vazamento de informações pessoais sensíveis
  • Comprometimento de contas de e-mail e redes sociais
  • Perda financeira direta
  • Danos à reputação pessoal e profissional

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