A pesquisa mostrou que a captação de novos negócios no setor subiu em dezembro pelo 15º mês seguido, mas a taxa de crescimento foi a mais baixa desde agosto.
Já a confiança nos negócios entre as empresas de serviços, um sinalizador da atividade futura, caiu ao seu nível mais baixo em mais de três anos e meio, com entrevistados apontando preocupação com as perspectivas de crescimento.
Os custos dos insumos comprados pelos fornecedores de serviços sofreram em dezembro a maior alta em 29 meses, movimento que as empresas do setor atribuíram à desvalorização do real e ao aumento das despesas com salários. Diante do aumento nas despesas, os preços cobrados pelo setor tiveram a maior alta desde agosto, marcando o 50º mês seguido de aumento.
"As pressões elevadas sobre os custos parecem ter levado as empresas a adotar uma postura mais cautelosa em relação à atividade de serviços", disse Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence. "Além disso, os clientes se tornaram mais prudentes com seus gastos, pois a inflação dos preços aumentou e os custos de empréstimos permaneceram altos."
Apesar da desaceleração da atividade, o emprego no setor de serviços teve a maior taxa de expansão desde agosto no mês passado, com empresas citando medidas de reestruturação, resiliência da demanda e conquista de novos clientes.
Os serviços, setor com maior peso no Produto Interno Bruto, impulsionaram a atividade econômica em 2024, favorecidos por um desemprego em mínima recorde e pelo aumento da renda. O aquecimento do setor levantou preocupações com a aceleração da inflação, em meio ao ciclo de aperto da política monetário pelo Banco Central.
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