O inverno, para ela, não é desafiador. "Se houver baixa nas vendas, reorganizo a empresa. Eu dou férias aos funcionários, ou faço pintura ou manutenção na empresa. Tentamos sempre desenvolver itens novos, independentemente da estação." Kerley dá uma sugestão a quem quer empreender: estude para ser empresário. "E contrate quem sabe fazer o que você ainda não domina", aconselha.
Sávio Gregorio, sócio da Indústria de Sorvetes Glaciê e da franqueadora Glaciê Ice Cream House, em Minas Gerais, vê uma mudança clara no perfil do consumidor. Fundada em 1978, a marca tem planos de expansão. "Ano após ano o mercado amadurece. A sazonalidade ainda existe, mas vem diminuindo porque o público já vê o sorvete como um produto de prazer e não apenas um refresco", diz.
Esse é, aliás, o foco das estratégias do setor para crescer. A Abrasorvete quer elevar o consumo per capita, hoje em 7,7 litros por ano, para acima de dois dígitos até 2033. Para isso, aposta em campanhas que associem o sorvete a experiências de bem-estar e à alimentação equilibrada, com versões menos calóricas. A comunicação também busca desvincular o produto da ideia de "só para o calor" e posicioná-lo como uma sobremesa de todas as estações e ocasiões.
Apesar do otimismo, o setor enfrenta obstáculos. O mercado é pulverizado e competitivo, com margens apertadas. Manter a cadeia do frio, equipamentos, câmaras frias e transporte refrigerado, exige alto investimento e gestão de energia rigorosa. "O empreendedor deve adotar uma abordagem estratégica focada na qualidade e na gestão. Entre as prioridades estão investir na qualidade dos ingredientes e na criação de uma identidade de marca forte e única. A negociação com fornecedores para obter melhores preços e o controle rigoroso de estoque para reduzir perdas, assim como a manutenção preventiva dos equipamentos de refrigeração, são vitais para garantir a integridade do produto", destaca Eckhardt. Ele indica também a importância de se desenvolver um plano de negócios detalhado, que preveja os custos fixos. E investir continuamente na capacitação da equipe para assegurar um atendimento que fideliza o cliente e justifica o preço do produto.
Para quem quer entrar nesse mercado, o caminho não é apenas vender sorvete, mas criar experiências. "O sorvete, quase sempre, faz parte de um momento feliz do cliente, é um deleite, um momento de prazer. É mais do que nutrição, é um segmento que promove encantamento", diz Tyelle Panatta Wiggers, professora do Senac EAD. Segundo ela, cada momento deve tornar-se único, seja pela receita, pelos sabores, pela matéria-prima de qualidade e/ou uso insumos locais.

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