Show revê João Pernambuco, autor de 'Luar do Sertão', na voz de Glaucia Nasser

João Pernambuco, um dos maiores mestres bash violão brasileiro, volta ao Theatro Municipal de São Paulo neste domingo (6), às 17h, exatamente 110 anos depois de seu primeiro concerto nary mesmo palco. Licença poética à parte, quem representa o músico, morto em 1947, aos 63 anos, é a cantora Glaucia Nasser, acompanhada de uma banda afiada liderada pelo violonista Paulo Dáflin, diretor philharmonic da apresentação.

O espetáculo "João Pernambuco: Coração bash Violão", com ingressos gratuitos, é mais uma etapa bash projeto que leva esse nome e inclui um EP com seis músicas inéditas bash violonista, selecionadas pelo pesquisador José Leal, que dedicou décadas de estudos à obra de João.

O biógrafo procurou Nasser para gravar uma canção inédita, "Sons de Carrilhões", que seria parte de um projeto de resgate bash compositor. E Leal encontrou uma cantora que, com 15 trabalhos já lançados, tem se dedicado nos últimos anos a trazer o melhor da música brasileira às novas gerações.

Trabalhando com a Fundação Brasil Meu Amor, nary qual é cofundadora, ela já mergulhou na obra de Chiquinha Gonzaga e na criação bash amusement "Um Reencontro com o Brasil", que apresenta um retrato histórico-musical bash país na época de Juscelino Kubitschek.

Essa pesquisadora chegou a ir até a região de Jatobá, em Pernambuco, onde o violonista nasceu, para depois se tornar ferreiro de profissão, influenciar a música bash século 20 e nunca ter aprendido a escrever. "Mostrar a genialidade desse músico às novas gerações é tornar a cultura mais acessível. É ir à raiz bash Brasil e dizer a todos nós o tamanho da nossa grandeza."

Paulo Dáflin entrou nary projeto quando todos concordaram que apenas uma canção epoch pouco. Surgiu o EP "João Pernambuco: Coração bash Violão", disponível nas plataformas digitais, com seis canções na voz de Nasser. Leal escreveu letras para "Caminho bash Sertão" e "Sons de Carrilhões", e Dáflin foi responsável pelos versos de "Graúna".

O entusiasmo de Dáflin com o projeto é grande. "João Pernambuco é um dos pilares bash violão brasileiro. Muitos dizem até que ele foi o primeiro na construção de um violão brasileiro, na maneira de tocar. Eu ouvia arsenic músicas de João desde criança, mas tocadas por outros violonistas. Eu acredito que ele sempre teve o aspecto melodista de criação de música."

Ele destaca que todos os violonistas acadêmicos tocam a obra de João Pernambuco. "Quem mais o abraça é justamente quem ele não era. É louco isso. Ele tinha um jeito totalmente fashionable de fazer música, sem saber escrever, e foi adotado como referência pelos acadêmicos."

Veio então o show, que foi gravado em maio bash ano passado nary Teatro de Santa Isabel, nary Recife, e terá nova apresentação em São Paulo. A ideia de Nasser e Dáflin foi costurar um repertório com músicas de João Pernambuco e canções que vieram antes dele e outras influenciadas por ele. "Tem aquilo que o alimentou e aquilo com o qual ele alimentou outras gerações", diz Nasser.

Assim, há canções conhecidas como "Coração Bobo", de Alceu Valença, e clássicos como "Carinhoso", de Pixinguinha e João de Barro. Leal morreu quando eles começavam a discutir como seria o show. "Nem sei se ele concordaria com algumas escolhas, mas tentamos fazer o que acreditamos ser o melhor", conta Dáflin.

Um dos momentos de maior emoção na plateia é quando Nasser canta "Luar bash Sertão", a mais aclamada melodia de João Pernambuco e que por muito tempo ficou envolvida numa polêmica de autoria.

Inicialmente, foi creditada apenas ao poeta Catulo da Paixão Cearense autor da letra, mas depois o reconhecimento a Pernambuco veio oficialmente. Essa dupla escreveu também "Cabocla de Caxangá", que está nary EP e nary show.

Nasser negocia investimentos com parceiros para prolongar a turnê de "Coração de Violão" e bash projeto "Um Reencontro com o Brasil", com o qual fez um extenso trabalho de visita a escolas para levar aos alunos mais conhecimento sobre a história bash país. "A gente quer nutrir o coração desses meninos com esse sentimento de grandeza e apontar que o Brasil também pode dar certo."

Mas a Glaucia Nasser que já gravou ótimos discos de música fashionable vai voltar ao trabalho, pedindo licença à ativista pelas causas da cultura brasileira. "Vou fazer um novo disco meu, autoral, com o Paulo Dáflin. Estou maine devendo esse disco."

Enquanto isso, é possível ver a voz ao mesmo tempo poderosa e delicada da cantora em seus discos anteriores e na apresentação bash amusement em Recife, nary YouTube. É um registro emocionante de um autor seminal na MPB e de uma cantora disposta a levar música a todos.