Sindicalização cresce pela primeira vez desde 2012, diz IBGE

Grupamentos de atividades apresentaram aumento nas taxas de sindicalização. Os destaques ficaram por conta das altas de 1,1 ponto percentual do volume de sindicalizados nos setores de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (15,5%) e na indústria geral (11,4%).

O aumento da taxa de sindicalização na administração pública e na Indústria é importante, porque também houve aumento de contingente de trabalhadores. É possível que exista um movimento de retomada, já que historicamente são grupos mais organizados em termos de sindicalismo.
William Kratochwill, analista da Pnad

Em relação a 2012, todos os grupamentos de atividades apresentaram queda na sindicalização. Em termos de taxa, a maior queda foi no grupo de transporte, armazenagem e correios, que em 12 anos registrou redução de 12,4 pontos percentuais (de 20,7% em 2012 para 8,3% em 2024), seguido pela indústria geral, que passou de 21,3 para 11,4, perda de 9,9 pontos percentuais.

Sindicalização aumenta em todos os níveis de instrução. Dos 9,1 milhões de sindicalizados, 37,5% (3,4 milhões) tinham concluído o ensino médio e 37,2% (3,4 milhões) tinham o ensino superior completo. A maior taxa de sindicalização era dos ocupados com superior completo (14,2%) e a menor, dos que tinham ensino fundamental completo e médio incompleto (5,7%).

Regiões Sul e Sudeste impulsionam o aumento na taxa de sindicalização. O aumento do percentual de trabalhadores associados a sindicato no Brasil foi determinado pelo avanço das taxas nas regiões Sul (9,8%) e Sudeste (9,2%), que apresentaram crescimentos de 0,5 ponto percentual e 1,3 ponto percentual na passagem entre 2023 e 2024, respectivamente.

Evolução entre 2012 e 2024 não caiu pela metade apenas no Sudeste e no Nordeste. As regiões Sul (de 20,3% para 9,8%), Norte (de 14,8% para 7%) e Centro-Oeste (de 14% para 6,9%) se destacam na pesquisa por terem o percentual de trabalhadores associados a sindicato reduzidos a menos da metade nos últimos 12 anos.