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Startup do luto: como mortos estão "ressuscitando" para papear com parentes

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Esse tipo de solução é vendida como uma coisa mágica, mas esquece algumas coisas básicas da vida: a nossa subjetividade não cabe apenas na verbalização de desejos, vontades e valores, tanto é que o segredo é parte integrante da nossa existência.

Essas são algumas ponderações existenciais, mas tem um monte de desafios práticos para as 'grieftechs' em diferentes dimensões: éticas, psicológicas, afetivas, sociais e econômicas. E tudo isso já está gerando um grande debate no senso comum. Enquanto algumas pessoas dizem achar a ideia interessante, outras simplesmente a abominam.

Do ponto de vista científico, ainda precisamos de mais tempo e pesquisa para entender os efeitos cognitivos, psicológicos e efeitos nas pessoas. Hoje, boa parte de pesquisadores na área de ciência cognitiva e psicologia dizem que esse tipo de aplicativo pode confundir a nossa compreensão sobre a morte com a promessa de criação de um ser "imortal". Mas, a maioria entende que, mesmo assim, esse tipo de tecnologia pode ser estudado com mais empenho para que sejam identificadosos momentos em que deve ser utilizado com efetividade em uma intervenção, por exemplo.

Tudo que é novidade chama atenção, mas nem tudo que parece interessante faz bem. Assim como o tema de AI Girflriends é um assunto curioso do qual ainda entendemos muito pouco, vamos precisar de muita pesquisa sobre "grieftech" para entender se há benefícios, quais são os malefícios e todos os riscos éticos envolvidos.

O ponto é que a IA está redefinindo limites que antes eram inquestionáveis e está bagunçando as nossas concepções sobre inteligência, criatividade e até a morte. E o negócio só vai ficar ainda mais confuso com o avanço da tecnologia. Só espero que no próximo natal não tenha um tio falecido em IA fazendo vídeo chamada para perguntar se é 'pavê ou pra cumê' quando alguém for servir a sobremesa na ceia.

E vocês? O que acham desse tipo de tecnologia? Comentem ai.

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