Além disso, a redução de tarifas sobre produtos chineses e outras compensações, anunciadas logo em seguida ao encontro de Trump e Xi, diferentemente do sucedido depois da conversa de Trump com Lula, reforçou a ideia de que, com o brasileiro, só houve troca de gentilezas e nada de prático na reunião de Kuala Lumpur, Malásia.
Verdade que, desde o fechamento das compras de soja americana pela China, em retaliação à imposição de altíssimas tarifas de importação para produtos chineses, o Brasil aumentou sua participação nas compras chinesas, chegando a passar de 90% do total, em setembro. Ao longo de 2025, a fatia brasileira nas importações de soja pela China subiu de 76%, na média de 2024, para 80%.
A retomada das importações de soja americana pela China, na primeira etapa da retomada dos negócios, somariam 10 milhões de toneladas ainda em 2025. Esse volume corresponde ao aumento dos embarques brasileiros para os chineses ao longo do ano. Mas a "perda" dessa fatia de mercado precisa ser avaliada com mais cuidado antes de se concluir que o Brasil saiu perdendo no acordo Trump-Xi.
Para começar, uma distensão entre os dois maiores participantes do comércio internacional é bom para todos os demais. A reabertura de mercados e a eliminação de retaliações, ainda que parcial, desobstrui fluxos de comércio em geral.
Não é certo que as compras da soja americana farão os chineses reduzir as importações do produto brasileiro. No lado chinês, pode ser, ao contrário, uma oportunidade para absorver mais oferta no mercado local, em resposta a uma demanda historicamente crescente. No lado brasileiro, uma oportunidade de acelerar a diversificação de mercados -- é regra básica de qualquer comércio evitar os riscos de concentração excessiva num único comprador.
O fato de que o relaxamento no relacionamento comercial entre EUA e China veio quase imediatamente depois da reunião entre os líderes dos dois países, em contraposição à falta de medidas práticas depois do encontro Trump-Lula, também deveria ser avaliado com mais cautela, antes de se concluir que nada de positivo resultará da reunião entre Lula e Trump.
Antes de qualquer outra consideração, não é possível esquecer as imensas diferenças que separam Brasil e China no tabuleiro da geopolítica global e mais ainda no campo econômico. A China é uma superpotência, com poderio bélico e influência política incomparável com a do Brasil.

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