Apesar da pressão, os chineses não deram sinais de recuo, e prometeram na noite desta segunda-feira adotar "contramedidas" caso os EUA sigam em frente com a tarifa adicional.
Na semana passada, Pequim já havia reagido com força às novas tarifas comerciais impostas pelo republicano, inclusive com alerta de que está pronta para lutar em "qualquer tipo" de guerra.
Enquanto isso, na tarde desta segunda-feira, Trump também se mostrou resistente. Em entrevista a jornalistas ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o líder norte-americano afirmou que não pretende suspender o conjunto de tarifas que atingiu mais de 180 países e regiões.
"Não estamos olhando para isso", disse, após ser questionado se iria fazer uma pausa nas taxas aplicadas. Trump afirmou, por outro lado, que ainda conversaria com a China, o Japão e outras nações sobre as tarifas.

Trump sobre pausa em tarifas: 'Não pensamos nisso'
Negociações com União Europeia e Japão
Outras nações e regiões seguem estudando estratégias de negociação com Trump. A Comissão Europeia, por exemplo, ofereceu um acordo tarifário "zero por zero" para evitar uma guerra comercial.
Os ministros da União Europeia (UE) concordaram em priorizar as negociações, ao mesmo tempo em que contra-atacaram com tarifas de 25% sobre algumas importações dos EUA. O bloco optou, até o momento, por não adotar taxas mais amplas.
A gestão de Donald Trump também mantém conversas com o Japão. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse nesta segunda que espera ter negociações produtivas com o país e que possam resultar em redução de tarifas.
O secretário acrescentou que o movimento irá depender dos outros países. "Se o presidente Trump vai se envolver pessoalmente nessas negociações — e ele acredita, como muitos de nós, que houve um campo de jogo injusto —, então a negociação vai ser difícil", acrescentou.
Cenário de oportunidades para a China
Analistas observam que, caso consiga se aproveitar da lacuna deixada pelos EUA, a China poderá até se beneficiar do cenário.
Para o diretor-executivo do Brasil no FMI, André Roncaglia, as medidas recentes de Trump abrem uma grande oportunidade para a China avançar no comércio exterior e consolidar seu poder comercial, econômico e financeiro na Ásia.
Segundo Roncaglia, é possível que existam agora duas regiões polares que convidem o resto do mundo a negociar com elas, e algumas áreas devem receber mais atenção de Pequim.
Roncaglia, no entanto, vê limites para o alcance da China. “Acho mais difícil que ela avance aqui no hemisfério Ocidental, porque o desenho que a administração Trump vem fazendo cria um polo com forte poder de atração, para que os países da região orbitem em torno dele”, afirmou.
A revista britânica “The Economist” também traz uma perspectiva positiva para a China. A capa da publicação desta semana traz o famoso boné MAGA, marca da política de Trump, com a inscrição “Make China great again” (“Faça a China grande de novo”, em tradução para o português).
No editorial, a revista descreve como os americanos “poderiam acabar fazendo a China grande de novo” e chama o momento de “uma bela grande oportunidade”.
O texto lembra que as exportações ainda representam cerca de 20% do PIB da China, como em 2017, o que prejudicará a economia do país — situação agravada pela tática de Pequim de redirecionar as cadeias de fabricação de empresas para países como o Vietnã, fortemente taxado por Trump.
Capa da revista "The Economist" — Foto: Reprodução

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7 meses atrás
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