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Tarifaço de Trump pode levar até 875 mil americanos à pobreza, diz estudo

Tarifas de Trump ameaçam reverter queda da pobreza nos EUA. Segundo o centro de pesquisa, o estudo, publicado na terça-feira (9), indica que o impacto recairá com mais força sobre famílias já vulneráveis. As tarifas reduzem o poder de compra dessas famílias, empurrando mais pessoas abaixo da linha de pobreza. A análise observa que as pessoas de baixa renda gastam uma parcela maior de suas rendas em produtos básicos, como alimentação, roupas, energia e transporte, muitos dos quais podem ficar mais caros devido às tarifas sobre importações.

Com as tarifas, a taxa oficial de pobreza pode subir de 10,4% para 10,7% até 2026. O US Census Bureau, uma espécie de IBGE norte-americano, mostrou nesta semana que, ao longo do ano passado, a OPM caiu 0,4 pontos percentuais, para 10,6%, indicando que 35,9 milhões de pessoas vivem em situação de pobreza nos Estados Unidos.

Tarifaço ameaça ampliar desigualdade nos EUA. O leve avanço registrado no ano anterior foi impulsionado pelo crescimento de salários e rendimentos, mas o tarifaço ameaça reverter essa tendência e aumentar a exclusão social. A redução da pobreza não deve se manter com as tarifas e, ao contrário, pode subir 0,3%. O censo americano também indicou que a pobreza diminuiu apenas para indivíduos brancos, asiáticos e hispânicos, mas não mudou significativamente para outros grupos raciais no país.

Pobreza nos EUA cresce entre idosos e população negra. O cenário é parecido quando se observa o SPM, que considera programas sociais e despesas essenciais, como saúde e moradia. Segundo estimativa do laboratório de Yale, as tarifas impostas por Trump poderiam empurrar cerca de 650 mil pessoas a mais para a pobreza, incluindo 150 mil crianças, elevando a taxa de 12% para 12,2%. Dados do US Census Bureau já apontaram um avanço da pobreza em 2024, sobretudo entre pessoas com mais de 65 anos e indivíduos negros.

O que são as tarifas de Trump

Trump prometeu "taxar países estrangeiros para enriquecer" os norte-americanos. Em fevereiro, o republicano impôs novas taxas a produtos da China, Canadá e México e, em abril, ampliou a lista de países aplicando tarifas sobre bens de países sob a justificativa de reduzir déficits comerciais. Em julho, o Brasil, que já tinha sido alvo de uma sobretaxa de 10%, recebeu uma taxa adicional de 40%.

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