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Tarifaço e Brics levam ministérios de Brasil e China a se encontrarem

O Itamaraty quer evitar ao máximo qualquer desgaste com parceiros comerciais. Mesmo assim, na última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, a "Lei da Reciprocidade", que permite a retaliação comercial a países que impuserem sanções unilaterais ao Brasil.

Charles Tang, chairman da Câmara de Comércio Brasil-China, avalia que "Lula está fazendo papel de durão e o MRE fazendo o papel de bonzinho". "Essa é uma estratégia de negociação", disse ao UOL, em uma ligação que fez diretamente da China, onde acompanha outros assuntos, devido ao 'tarifaço'.

Nascido em Xangai (China) e criado nos Estados Unidos, Tang sempre atuou com negociações comerciais. Para ele, é natural que o governo brasileiro tenha este tipo de postura, para colocar condições nas regras de comercialização.

"Sem comprar dos Estados Unidos por conta dessa guerra tarifária, a China precisa comprar mais do Brasil, tanto produtos agropecuários quanto minérios. Então, este encontro [dos ministérios] certamente será para tratar de novos volumes de diferentes produtos", ele afirma.

Tang conta que não virá ao Brasil esta semana, pois está no país de origem para a organização da Feira de Cantão. Esta é a maior feira multissetorial do mundo, com cerca de 35 mil expositores interessados em importação e exportação. Diante da guerra comercial, ele diz, a feira ganhou ainda mais força para as negociações chinesas.

Quando pergunto para ele se há produtos agropecuários em exposição, ele afirma que com certeza e lembra que o governo chinês é muito preocupado com a segurança alimentar da população. Por isso, a articulação com outros parceiros no lugar dos Estados Unidos se fortalece a cada dia que passa.

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