Uma alternativa que passará a ser considerada por grandes empresas, diz Pedro Brites, é abrir novos escritórios regionais pelo mundo. "É interessante para empresas exportadoras de carne, por exemplo, aproveitar o momento para se instalar em novos mercados", diz ele. "A necessidade de diversificação deixa a empresa menos vulnerável a mudanças futuras, inclusive novos possíveis anúncios por parte do governo Trump", diz Brites.
Pequenas e médias empresas exportadoras serão as mais impactadas com a mudança tarifária. Segundo Brites, essas companhias devem se articular com ajuda de associações de classe e agências de fomento como a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações) para conseguir se internacionalizar. Além disso, ele afirma ainda essas empresas podem aproveitar para redirecionar exportações para outros países com a ajuda de agências de fomento.
Brasil tem tentado se dedicar a consolidar acordos comerciais com outros países. Exemplo disso é a viagem do presidente Lula (PT) ao Japão e Vietnã em março para ampliar relações comerciais em meio ao cenário espinhoso com os Estados Unidos. Segundo o especialista, o governo tem tentado incluir empresas e médias empresas para fazer parte dessas novas cadeias de comércio que o Brasil tenta se encaixar.
Empresas vivem momento de certa estagnação. "Muitas estão esperando ver o que vai acontecer. Há uma expectativa de que o governo Trump crie algumas exceções, de que possa reduzir a tarifa para alguns produtos específicos que não são fabricados nos Estados Unidos. Estou vendo certa imobilidade, esperando ver o que vai acontecer", afirma Barral.
Associações, empresas e governo têm se dedicado a negociações. O presidente-executivo da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), José Velloso, disse que tem ocorrido uma boa interlocução entre setores, associações e governo federal. "O governo está correto em negociar à exaustão antes de tomar qualquer medida de retaliações, estamos em um período de observação", disse.
Muitas incertezas
Momento é considerado de incertezas e imprevisibilidade, avaliam economistas ouvidos pelo UOL. "Todo o processo de exportação está vinculado a uma cadeia logística com responsáveis por receber os produtos naquele país. É difícil construir uma cadeia logística com quem ainda não se construiu uma relação. Não há muita previsibilidade sobre o que ainda pode acontecer", diz. O vice-presidente da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Ingo Plöger, afirma que a maior preocupação do setor é que o efeito se alastre mundo afora e "outros países repliquem essa fórmula."

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            6 meses atrás
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