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Taxa das blusinhas dá R$ 2,1 bi ao governo, mas tira R$ 1,2 bi dos Correios

Problemas de gestão

Movimento no Centro de Tratamento de Encomendas dos Correios
Movimento no Centro de Tratamento de Encomendas dos Correios Imagem: Divulgação

Correios não resistem a mais fogo amigo, alerta economista. O economista Adolpho Bergamini, tributarista e ex-membro do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) do Ministério da Fazenda, afirmou que o cenário chegou a um ponto em que nem mesmo avaliações básicas sobre os impactos dos tributos nas empresas são realizadas. Para ele, os Correios precisam estar protegidos de interferências internas para manter um mínimo de saúde financeira. "Para que os Correios sigam minimamente saudáveis, não pode sofrer fogo amigo", disse.

O novo tributo mostra problema de gestão na estatal. "A taxa das blusinhas piorou as condições dos Correios, mas não é só esse o problema", diz Claudio Felisoni, professor de economia da USP e da FIA Business School. "A saúde financeira dos Correios não pode depender disso."

Especialista afirma que o problema dos Correios é estrutural, apontando interferência política, indicações de cargos e uso eleitoral da estatal. Armando Castelar, pesquisador da FGV-Ibre e professor de economia da UFRJ, ressalta que a empresa foi concebida em um século passado, quando se enviavam telegramas, e que a tecnologia mudou completamente o cenário.

Para os especialistas, a solução é privatizar. Isso daria mais liberdade de gestão, segundo Castelar. Ele ressalta, porém, que seria necessário haver regulação para garantir o atendimento a cidades remotas, como ocorre em setores de saneamento e energia elétrica.

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