O vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO), afirmou que a tensão entre governo e Congresso é "muito ruim" às vésperas de votações importantes de fim de ano, como o Orçamento, e do início do ano eleitoral.
"O pior caminho é fechar o diálogo com a Casa, porque quem faz a pauta são os líderes através da condução do presidente [Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)]", disse Gomes na noite desta segunda (24) em Roma, na Itália.
Ele e outros congressistas participaram de jantar organizado pelo grupo Lide, presidido pelo ex-governador João Dória.
"Se a coisa ficou tensa no momento pré-eleitoral é muito ruim. Tem pouco tempo disponível para muita matéria fundamental", afirmou o vice-presidente do Senado.
Ele negou que outras pautas-bomba estejam nos planos para as próximas semanas, como o projeto de lei que regulamenta as aposentadorias de agentes de saúde, anunciado por Alcolumbre na quinta-feira (20).
Gomes acredita que a votação do nome de Jorge Messias para o STF (Supremo Tribunal Federal), ponto da discórdia entre Alcolumbre e o presidente Lula, deverá ocorrer ainda neste ano. "Ele [Messias] tem relação com vários senadores. Tem um cenário de questionamento, mas nas últimas indicações todos tiveram."
Ainda sobre os rumos do Senado nas próximas semanas, comentou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu colega de partido. "No grupo da oposição é evidente que todos nós estamos abalados", disse. Gomes também negou que houvesse risco de fuga por parte do ex-presidente.
Outro que está em Roma é o senador Efraim Filho (União Brasil-PB), que considera que o governo está se isolando "pelas suas atitudes", ao comentar a relação com o Congresso. "O centro da política brasileira está mais próximo de uma construção com o governador Tarcísio de Freitas do que com a reeleição do presidente Lula", disse, citando, além do próprio partido, o PP.
"Vimos agora na reação do presidente da Câmara [Hugo Motta, Republicanos] com o líder do PT [Lindbergh Farias]", afirmou.
Os parlamentares tornaram públicas tensões na relação entre ambos nesta segunda. Motta afirmou à Folha que não tinha "interesse em ter nenhum tipo de relação" com Lindbergh. Horas mais tarde, o líder do PT afirmou que considerou a atitude como "reação imatura" do presidente do Câmara.
"O governo pode estar indo para uma virada de ano eleitoral com uma perda de canal de comunicação com o centro, o que pode levar a uma perda de apoio para as eleições", disse Efraim.
Para o deputado Ricardo Barros (PP-PR), "lamentavelmente", o governo estimula uma polarização que prejudica a governabilidade. "Ele puxa o debate para temas que não são os que interessam para tocar a vida. E aí as coisas vão se dificultando. Então o Alcolumbre rompeu com o Randolfe [Rodrigues (PT-AP)]. Aí Hugo Motta rompeu com o líder do PT. Isso não pode ser bom. Não é assim que nós vamos conduzir o nosso país."

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