Esses elementos são essenciais na fabricação de diferentes produtos tecnológicos de ponta. Considerados estratégicos para a economia do futuro, eles têm seus próprios usos na indústria: európio para telas de televisão; cério para polimento de vidro e lantânio para catalisadores de motores de combustão, por exemplo.
Os elementos de terras raras são particularmente importantes para as principais tecnologias da transição energética. As substâncias são amplamente utilizadas na fabricação de carros eletrônicos e parques eólicos. Os elementos são essenciais, também, na fabricação de drones e jatos de combate, na produção de smartphones, telas de plasma, dispositivos robóticos, discos rígidos, lentes de telescópios, entre outros. A usabilidade dos elementos de terras raras, portanto, abrange diferentes setores, desde equipamentos eventualmente utilizados em conflitos militares até dispositivos utilizados no cotidiano por um cidadão comum.
Como a China pode usar suas terras raras contra os EUA?
O país asiático concentra a maior porção dos elementos no mundo. Em 2024, o Centro Geológico dos EUA estimou que há mais de 110 milhões de toneladas dos elementos de terras raras espalhados pelo mundo. Líder, a China é dona de aproximadamente 44 milhões de toneladas; seguida pelo Vietnã, com 22 milhões de toneladas; Brasil, com 21; Rússia, com 10; e Índia, com 7.
Segundo o portal Polytechnique Insights, do Instituto Politécnico de Paris (França), a China foi responsável por 69% da produção mundial de terras raras em 2023. Os Estados Unidos, por sua vez, foram responsáveis por apenas 12% da produção no segmento. Assim como diversas outras nações, os EUA têm grande dependência da exportação chinesa de terras raras.
Quanto mais alta é a demanda por esses elementos, mais eles são encontrados. O problema está mais na relação entre o custo de extração e o preço de mercado: segundo o Polytechnique Insights, a dominância no setor permite que a China "atrapalhe" o mercado, aumentando artificialmente a volatilidade dos preços desses produtos.
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