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Tesouro ou fundo imobiliário: qual é melhor para receber R$ 5.000 por mês?

Esse papel corrige o valor aplicado pela inflação e ainda paga juros de 8% ao ano, divididos em dois pagamentos por ano.

Com a rentabilidade atual, é necessário investir R$ 1,02 milhão na versão desse título com vencimento em 2060. Dessa forma, você garante uma renda de, aproximadamente, R$ 60 mil por ano, o que daria R$ 5.000 por mês, já descontando o Imposto de Renda.

Caso você ainda não tenha investimentos, é necessário aplicar R$ 1.000 por mês, durante 30 anos, para alcançar um valor equivalente a R$ 1,02 milhão.

O cálculo já considera a inflação. Ou seja, fazendo esses aportes durante 30 anos, você terá um valor que, trazidos para preços de hoje, equivale ao poder de compra de R$ 1,02 milhão.

Quanto investir em FII para receber R$ 5.000

Hoje, é possível encontrar diversos fundos imobiliários com retorno em dividendos (DY, na sigla em inglês) em torno de 9% ao ano.

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Considerando essa rentabilidade, é necessário aplicar R$ 694 mil para obter um rendimento anual de R$ 60 mil por ano.

Para juntar esse dinheiro, considerando essa rentabilidade real, é preciso aplicar R$ 1.000 por mês durante 21 anos, nove a menos do que no Tesouro.

Dessa forma, considerando as taxas de rentabilidade atuais, o fundo imobiliário requer R$ 320 mil a menos do que o Tesouro para gerar a mesma renda mensal.

Além disso, o fundo imobiliário reduz o tempo necessário para aposentadoria, nesse cenário, em 32%.

Mas é preciso olhar também para os riscos.

Quais são os riscos?

Entre o Tesouro e os fundos imobiliários, o primeiro é o mais seguro, sem dúvidas. Na verdade, o Tesouro Direto é o investimento mais seguro do Brasil. Se você investir nesse papel e não resgatar antes do vencimento, é quase impossível não receber o dinheiro.

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Já os fundos imobiliários são investimentos de renda variável. O rendimento que você recebe pode aumentar ou diminuir.

Existem dois grandes tipos de fundos imobiliários, os de tijolo e os de papel. Os do primeiro tipo possuem imóveis físicos. Ao investir neles, você se torna um dos donos dos imóveis e passa a receber, todos os meses, uma fração da receita gerada com aluguel.

O outro tipo de FII são os fundos de papel. Em vez de imóveis, eles têm contratos de recebíveis imobiliários. Ao investir neles, você se torna um dos donos dessa dívida e passa a receber uma fração das parcelas que os devedores pagam todos os meses.

Eu, particularmente, não gosto de fundos de papel para aposentadoria, pois os considero bem mais arriscados. Cada um deles tem centenas de contratos de recebíveis e não é possível analisar todos eles para saber qual é o risco de inadimplência. Então, acaba sendo uma situação muito incerta.

No caso dos fundos de tijolo, o risco é mais claro. O investidor sabe quais são os imóveis do fundo, quais são os inquilinos, qual é a taxa de vacância etc. O principal risco é aumentar a vacância ou a inadimplência. É necessário, portanto, escolher fundos com imóveis bem localizados e com boa diversidade de inquilinos, para reduzir as chances de vacância e de inadimplência.

De qualquer forma, seja qual for a sua escolha, só invista quando estiver plenamente ciente de todos os riscos.

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Opinião

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