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Trump 100 dias: aprovação do presidente dos EUA despenca

Uma pesquisa do instituto de políticas públicas Pew Research Center apontou que a aprovação do governo Trump caiu sete pontos percentuais nos 100 primeiros dias e chegou a 40% entre os eleitores dos Estados Unidos

Outros 59% dos eleitores, independentemente do partido, desaprovam o governo do republicano até aqui. Trump assumiu o governo em 20 de janeiro e completa 100 dias de mandato nesta terça-feira (30).

Entre os que disseram ter votado em Trump, a aprovação da forma como caiu de 94% para 88% desde a última pesquisa anterior, em fevereiro.

A pesquisa do Pew Research foi conduzida após o início da guerra tarifária promovida por Trump, no início de abril, quando o presidente americano impôs tarifas generalizadas contra mais de 180 países e territórios do mundo. Dias depois, o republicano voltou atrás e pausou as tarifas, menos contra a China —essas chegam a até 245% e representam um impasse entre os governos americano e chinês.

Segundo o instituto, três políticas principais da gestão de Trump puxam para baixo a aprovação em seu governo. No olhar do eleitor, ações do governo sobre as tarifas, as demissões em agências governamentais e a extinção de políticas de inclusão foram vistas de forma mais negativa do que positiva.

A consulta, realizada entre 7 e 13 de abril com 3.589 eleitores, também mostra que uma maioria tanto de democratas quanto de republicanos afirma que o governo Trump deve recuar caso tribunais emitam ordens judiciais barrando ordens executivas ou ações do governo.

78% dizem que o governo Trump deveria obedecer a uma decisão emitida por um tribunal federal. 91% dos democratas pensam assim, enquanto os republicanos são 65%.
O número que sobe para 88% caso a decisão venha da Suprema Corte. Aqui, democratas e republicanos se dividem em 95% e 82%, respectivamente.

"Há um sentimento generalizado, e majoritariamente bipartidário, de que o governo deveria terminar alguma ação se uma corte federal a considerasse ilegal", afirmou o instituto.

Uma outra pesquisa, do jornal americano "The New York Times" com o Siena College, divulgada no final de semana, indica o trabalho de Trump é reprovado por 54% dos americanos, e aprovado por 42%. A gestão do republicano também foi considerada como caótica por dois terços do eleitorado. (Leia mais abaixo)

O Pew Research mostra também que a perspectiva do americano sobre a Economia se tornou mais negativa, e a confiança do Trump no modo como ele lida com a Economia também caiu.

Governo é visto como caótico, mostra pesquisa do NYT

Trump tem o maior índice de desaprovação dos últimos 80 anos

Foram ouvidos 913 eleitores em todos os Estados Unidos entre os dias 21 e 24 de abril. A margem de erro da pesquisa não foi divulgada.

Veja como o eleitor americano respondeu em algumas características sobre o governo americano dadas pela pesquisa:

Caótico: 66%
Assustador: 59%
Animador: 42%

Segundo o NYT, os eleitores acreditam que Trump está "exagerando em seus esforços agressivos para expandir" o seu poder, e eles têm "dúvidas sobre algumas das suas agendas" de governo.

Trump tomou posse para o seu segundo mandato no dia 20 de janeiro de 2025, após vencer Kamala Harris na eleição presidencial do ano passado.

Em três meses, ele implementou um tarifaço contra todo o mundo, retirou o país da Organização Mundial da Saúde (OMS) e ampliou a deportação de imigrantes ilegais, entre outras ações.

A mesma pesquisa mostra que o trabalho de Trump é reprovado por 54% dos americanos e aprovado por 42%. O levantamento questionou os americanos sobre temas específicos:

Entre os temas mais desaprovados estão guerra na Ucrânia (56%), economia (55%) e conflitos estrangeiros num geral (54%).

Os americanos responderam sobre quais ações Trump pode ou não fazer. Foram bem avaliadas perdoar dívida estudantil (42%), impor tarifas sem autorização do Congresso (28%) e conceder status legal a imigrantes sem documentação (24%).

Os entrevistados consideraram como negativo ações como ignorar decisões da Suprema Corte (76%), enviar cidadãos dos EUA para prisões em El Salvador (73%) e deportar imigrantes legais que protestaram contra Israel (63%).