Trump afirma que compra da Warner pela Netflix pode 'gerar problema'

O CEO da Netflix, Ted Sarandos, visitou a Casa Branca pela primeira vez em meados de novembro para uma reunião com o presidente Donald Trump para conversar sobre diversos temas, incluindo o leilão da Warner Bros. Discovery. Segundo o jornal Bloomberg, durante a conversa, Trump afirmou que a Warner Bros deveria vender para o maior lance, o que foi defendido por Sarandos apoiando a proposta da Netflix. O co-CEO argumentou ainda que o serviço de streaming não era um monopólio poderoso e que havia sofrido perda de assinantes nos anos anteriores.

Uma das argumentações da Netflix é de que a empresa não possui redes de TV aberta e nem canais a cabo, acrescentando ainda que sua concorrência não estaria limitada somente a serviços de streaming. De acordo com Sarandos, a Netflix seria apenas o quinto ou sexto maior distribuidor de conteúdo na TV, e ao comprar a Warner Bros, se tornaria uma empresa proporcinal ao tamanho do Youtube nos EUA.

Sarandos deixou a reunião com a impressão de que a Netflix não enfrentaria opisições imediatas da Casa Branca, contrariando o que dizia o concorrente na disputa, a Paramount Skydance Corp. A família Ellison, responsável pela Paramount, estava acreditando na influência política da marca e provavelmente faria um lance menor, de acordo com o co-CEO da Netflix.

Na última sexta-feira (5), a Netflix concordou em pagar US$ 82,7 bilhões, incluindo dívidas, pela Warner Bros., em um dos maiores negócios de mídia da história e se tornando o maior do streaming. Caso a operação se concretize, a Netflix assumirá um dos estúdios mais antigos e tradicionais de Hollywood, além da HBO e o streaming HBO Max, inspirações originais da empresa. Além disso, na negocionação a TNT, CNN e DC Studios também estão inclusas nesse pacote. Ou seja, a Netflixi ficaria responsável pelas produções de sucesso como Harry Potter (1998), Game Of Thrones (2011) e The Last Of Us (2023).

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