
O presidente Donald Trump emitiu ordem executiva hoje removendo tarifas de 40% impostas a alguns produtos brasileiros. O documento cita itens agrícolas e inclui carne e café.
O que aconteceu
Ordem remove tarifas impostas em julho ao Brasil. Na semana passada, o governo dos EUA havia removido a tarifa básica de 10% sobre a importação de café, carne bovina, tomate, banana e outros produtos agrícolas que havia sido anunciada em abril contra diversos parceiros comerciais —incluindo o Brasil.
Documento é retroativo a 13 de novembro e cita redução de tarifa a produtos agrícolas. Estão listados carne, frutas e nozes, produtos de cacau, café, chá, especiarias, vegetais, raízes e tubérculos. A relação inclui ainda alimentos processados e bebidas, fertilizantes, além de minérios e minerais, combustíveis fósseis, petróleo e derivados.
Conversas com presidente Lula foram importantes para remoção das tarifas. Segundo o comunicado da Casa Branca, houve revisão de tarifas após contato direto com autoridades do país.
Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa com o presidente brasileiro Lula, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323 [que impunha tarifas de 40%]. Essas negociações estão em andamento. Ordem executiva assinada por Donald Trump hoje sobre redução de tarifas ao Brasil
Documento cita encontro entre chanceler brasileiro e Marco Rubio. No dia 13 de novembro, Mauro Vieira se encontrou com o secretário de Estado americano na sede do Departamento de Estado, em Washington. Vieira deixou o encontro otimista e disse aos jornalistas que acreditava em um anúncio sobre as tarifas entre o dia seguinte e a semana seguinte, o que de fato se cumpriu.
Alívio nas tarifas sobre Brasil era um dos pedidos feitos por Lula e Vieira a Donald Trump e sua equipe para que as negociações para um acordo comercial setor a setor pudessem prosseguir. Segundo o chanceler brasileiro, esse processo deve durar entre 60 e 90 dias, e então deve haver um anúncio definitivo sobre os novos termos comerciais entre Brasil e EUA.
O tarifaço

Algumas mercadorias sobretaxadas registraram forte aumento de preços nos EUA. Principal fornecedor de café para o mercado americano, o Brasil enfrentava tarifas totais de 50%, o que elevou em quase 20% o preço do café no mercado americano em setembro na comparação com mesmo mês do ano passado.
Em razão disso, muitos eleitores passaram a rejeitar a medida. Segundo especialistas, um dos sinais da reprovação dos cidadãos americanos à gestão Trump foi a vitória de candidatos democratas nas eleições municipais em diversos estados.
A queda das tarifas comerciais já era esperada desde o início da semana. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, tinha dito que o fim próximo do tarifaço visaria a produtos "que não cultivamos aqui nos Estados Unidos", referindo-se a café e banana, embora haja plantações de café em algumas partes do país.
No Brasil, as exportações de café despencaram após o tarifaço. O país exportou US$ 1,9 bilhão em café para os Estados Unidos no ano passado. Em outubro, as exportações recuaram 54% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
*Matéria em atualização.

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