Uma fonte militar ucraniana afirmou à agência de notícias Reuters que o míssil balístico que causou as mortes na cidade é norte-coreano, do modelo KN-23.
Ao menos 42 pessoas foram hospitalizadas, segundo o Serviço Estadual de Emergência da Ucrânia. As operações de resgate estão em andamento para encontrar corpos sob os escombros. A agência de notícias Associated Press (AP) presenciou equipes de emergência resgatando pessoas e retirando corpos dos destroços.
Incêndios foram registrados em vários edifícios residenciais, segundo Tymur Tkachenko, chefe da administração militar da cidade. O ataque atingiu pelo menos quatro bairros de Kiev.
O Kremlin afirmou na manhã desta quinta-feira que a Rússia continuará sua operação militar para "atingir alvos militares e adjacentes". Segundo o governo russo, o cessar-fogo citado por Zelensky expirou, mas que "continua trabalhando com os EUA para chegar à paz".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que "não está feliz" com o ataque russo a Kiev. "Não era necessário, e ocorreu em um timing muito ruim. Vladimir [Putin], pare!", afirmou.
Ataques russos na Ucrânia deixam mortos — Foto: REUTERS/Gleb Garanich
Oksana Bilozir, uma estudante que estava recebendo atendimento médico por um ferimento na cabeça perto do local do impacto disse que ouviu uma explosão alta após o alarme antiaéreo soar. Ela, então, começou a pegar suas coisas para fugir para um abrigo quando outra explosão fez as paredes de sua casa desabarem e as luzes se apagarem.
Anastasiia Zhuravlova, de 33 anos, mãe de dois filhos, estava abrigada em um porão após várias explosões danificarem sua casa. Sua família dormia quando a primeira explosão quebrou as janelas e lançou eletrodomésticos da cozinha pelo ar. Estilhaços de vidro caíram sobre eles enquanto corriam para se proteger no corredor.
Trump discute com Zelensky — Foto: GloboNews/Reprodução
O ataque ocorreu poucas horas após as negociações de paz parecerem estagnar, com o presidente Donald Trump atacando o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O republicano disse dizendo que ele estava prolongando o “campo de matança” ao resistir a ceder a Crimeia à Rússia como parte de um possível plano de paz.
Zelensky havia afirma que a Ucrânia jamais cederia a Crimeia à Rússia, que tomou a península em 2014, em um ato condenado internacionalmente.
Zelensky anexou à sua postagem a Declaração sobre a Crimeia de 2018, de Mike Pompeo, então secretário de Estado de Trump, que dizia: “Os Estados Unidos rejeitam a tentativa de anexação da Crimeia pela Rússia e prometem manter essa política até que a integridade territorial da Ucrânia seja restaurada.”
Trump, que teve um confronto com o presidente ucraniano em uma desastrosa reunião no Salão Oval em março, classificou essa declaração como inflamatória e disse que ela dificulta a paz. Em uma postagem nas redes sociais, afirmou que a Crimeia foi perdida há anos “e nem sequer é mais um ponto de discussão”.
Zelensky reconheceu mais tarde, em uma postagem no X, que as conversas em Londres entre autoridades dos EUA, Ucrânia e Europa foram marcadas por fortes emoções, mas expressou esperança de que o trabalho conjunto leve à paz.
Ele reafirmou que a Ucrânia seguirá sua constituição e disse ter certeza de que os parceiros de Kiev, em especial os EUA, “agirão de acordo com suas decisões firmes”.
Trump, que prometeu durante sua campanha acabar com a guerra nas primeiras 24 horas de seu novo mandato, repreendeu Zelensky e afirmou no Truth Social que os EUA estão tentando parar a matança na Ucrânia e que estão “muito perto de um acordo” pela paz.
Mais tarde, Trump disse a repórteres que achou que as conversas em Londres “foram bem”, embora tenha comentado, em referência aparente ao presidente russo Vladimir Putin e a Zelensky: “Precisamos que duas pessoas, duas pessoas fortes e inteligentes, cheguem a um acordo. Assim que isso acontecer, a matança vai parar.”
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, cancelou sua viagem para participar das conversas em Londres, o que levou ao cancelamento de uma reunião mais ampla com chanceleres da Ucrânia, Reino Unido, França e Alemanha — ressaltando as divergências entre Washington, Kiev e seus aliados europeus sobre como encerrar a guerra.
EUA ameaçaram desistir do acordo de paz
Trump disse que abandonará os esforços para intermediar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia dentro de alguns dias, a menos que haja sinais claros de que um acordo é possível. A informação veio a público pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na sexta-feira (18).
O secretário afirmou, ainda, que Trump segue interessado em um acordo, mas está disposto a seguir em frente caso não haja sinais imediatos de progresso.
O Kremlin rebateu a fala de Rubio e disse que as conversas até aqui geraram progresso, inclusive o cessar-fogo no Mar Negro —que teve acusações cruzadas de violações—, e que a Rússia continua comprometida. Porém, afirmou que o contato com os EUA tem sido "complicado".
Ataque russo na capital da Ucrãnia deixa mortos — Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko

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6 meses atrás
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