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Trump critica Putin por teste com míssil e ameaça dizendo que tem submarino nuclear perto da Rússia

"Eles sabem que temos um submarino nuclear, o maior do mundo, bem próximo à costa deles, portanto, não é necessário percorrer 8 mil milhas [12,8 mil km]", disse Trump a repórteres em áudio publicado pela Casa Branca. A distância faz referência ao alcance do novo míssil russo (leia mais abaixo).

A fala de Trump ocorreu após Putin ter dito no domingo que a Rússia testou com sucesso seu novo míssil de cruzeiro 9M730 Burevestnik movido a energia nuclear, uma arma com capacidade de carregar ogivas nucleares que, segundo Moscou, pode perfurar qualquer escudo de defesa, e que avançará para a implantação da arma. Putin chamou o projétil de "arma invencível".

Segundo o governo russo, o Burevestnik voou por 14.000 km (8.700 milhas). Questionado no avião presidencial Força Aérea Um sobre o teste do míssil, apelidado de SSC-X-9 Skyfall pela aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Trump disse que os Estados Unidos não precisavam voar tão longe, pois tinham um submarino nuclear na costa da Rússia.

Putin e Trump — Foto: Sputnik/Alexander Kazakov/Pool via REUTERS; REUTERS/Leah Millis

Trump disse ainda que o líder russo deveria focar em acabar com a guerra na Ucrânia em vez de testar mísseis.

"A propósito, também não acho que seja uma coisa apropriada para Putin dizer. Vocês deveriam acabar com a guerra, a guerra que deveria ter durado uma semana está agora em... seu quarto ano, é isso que vocês deveriam fazer em vez de testar mísseis", afirmou o presidente americano.

Desde que anunciou pela primeira vez o Burevestnik em 2018, Putin lançou a arma como uma resposta aos movimentos dos EUA para construir um escudo de defesa antimísseis depois que Washington em 2001 se retirou unilateralmente do Tratado de Mísseis Antibalísticos de 1972 e para ampliar a Otan.

Questionado sobre as observações de Trump, o Kremlin disse que a Rússia seria guiada por seus próprios interesses nacionais, mas não viu motivo para o teste de mísseis prejudicar as relações com a Casa Branca.

"Apesar de toda a nossa abertura para estabelecer um diálogo com os Estados Unidos, a Rússia, em primeiro lugar, e o presidente da Rússia, são guiados por nossos próprios interesses nacionais", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "É assim que foi, é assim que é, e é assim que será."

O Kremlin disse que a Rússia está garantindo sua própria segurança ao desenvolver novas armas.

"Não há nada aqui que possa e deva prejudicar as relações entre Moscou e Washington", disse Peskov.

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