O republicano disse esperar que, "em um futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis".
Na mesma publicação, o líder norte-americano anunciou que irá reduzir para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma "pausa" no tarifaço, que há uma semana resultou na escalada da guerra comercial global.
O republicano afirmou que a decisão teve como base o fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos EUA, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR (agência do governo para o comércio exterior), para negociar uma solução ao tarifaço.
Trump em evento do Comitê Nacional Republicano para o Congresso — Foto: Reuters
Entenda como a tarifa sobre a China chegou a 125%:
- No início de fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre as importações vindas da China, que se somou à tarifa de 10% que já era cobrada do país, chegando a 20%;
- Na quarta-feira da semana passada, dia 2 de abril, Trump anunciou seu plano de "tarifas recíprocas" que incluía uma taxa extra de 34% à China, elevando a alíquota sobre os produtos do país asiático a 54%;
- Após a retaliação chinesa que também impôs tarifas de 34% sobre os EUA, a Casa Branca confirmou mais 50% em taxas sobre as importações chinesas, deixando a tarifa sobre o país no patamar de 104%.
- Com o anúncio de que a China irá elevar a 84% as taxas sobre os produtos norte-americanos, Trump decidiu subir para 125% a tarifa contra os asiáticos, na mais nova ofensiva.
Veja a íntegra da nota de Donald Trump
Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR, para negociar uma solução para os assuntos em discussão relativos a Comércio, Barreiras Comerciais, Tarifas, Manipulação Cambial e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos, por minha forte sugestão, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela sua atenção a este assunto!
Trump eleva tarifas contra a China para 125% — Foto: Truth Social/Reprodução
A guerra tarifária entre os gigantes mundiais
Entenda, ponto a ponto, o embate:
- Na quarta-feira passada (2), Trump detalhou a tabela de tarifas cobradas de mais de 180 países e regiões, com taxas vão de 10% a 50%.
- As taxas menores passaram a valer já no último sábado (5). As maiores, que visam atingir países com os quais os EUA têm déficit comercial, seriam cobradas a partir de hoje.
- A China foi um dos países atingidos — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa alíquota se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.
- Como resposta ao "tarifaço", o governo chinês impôs, na sexta passada (4), tarifas extras de também 34% sobre todas as importações americanas.
- Os EUA decidiram, então, aumentar a aposta. Trump deu um prazo até as 13h (horário de Brasília) desta terça-feira (8) para o país asiático retirar as tarifas, ou seria ou seria taxado em mais 50%, levando o total das tarifas a 104%.
- A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim".
Apesar da nova ofensiva contra os chineses, o recuo de Trump em relação ao tarifaço fez o humor dos mercados mudar completamente.
Os principais índices dos EUA passaram a disparar, com ganhos que chegavam a 10% por volta das 15h40 desta quarta.
Veja abaixo o desempenho:
- Dow Jones avançava 6,91%, aos 40.247,50;
- S&P 500 avançava 7,97%, aos 5.380,12;
- Nasdaq avançava 10,33%, aos 16.845,15.
O cenário, no entanto, se inverteu também nos mercados brasileiros após o anúncio de Trump de que irá pausar a aplicação geral de tarifas: o dólar passou a cair e, perto das 16h, acumulava perdas de 2,28%, a R$ 5,86. O Ibovespa disparava 3,39%, aos 128.130 pontos.

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7 meses atrás
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