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Um em cada quatro idosos permanece no mercado de trabalho após os 60

Desocupação dos idosos recua constantemente desde 2021. Passada a pandemia, quando a ocupação da população com mais de 60 anos figurou abaixo de 20%, o desemprego entre os integrantes da faixa etária também assumiu uma trajetória de queda. Em 2024, 2,9% dos idosos buscaram sem sucesso por uma colocação profissional, menor taxa desde 2015 (2,5%).

Evolução da presença dos idosos no mercado tende a persistir. Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE, explica que o desemprego no menor patamar da história contribui para a empregabilidade dos idosos. "Se houver pelo menos a continuidade do mercado minimamente aquecido, a tendência é que se tenha, com passar dos anos, a continuidade do aumento da presença dos idosos no mercado de trabalho, especialmente na faixa entre 60 a 69 anos", prevê.

O mercado de trabalho bastante aquecido abriu oportunidades para todas as faixas e beneficiou, de modo mais específico, a população idosa.
Jefferson Mariano, analista do IBGE

Taxa composta de subutilização dos idosos também recua. O percentual de pessoas com mais de 60 anos que trabalham menos que o desejado, estão desempregadas ou que não procuraram ativamente por emprego foi de 13,2% no ano passado, menor patamar desde 2016 (12,3%). A taxa também cai desde 2021 e é formada por 247 mil desocupados, 336 mil subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e 626 mil pessoas na força de trabalho potencial.

Informalidade persiste elevada entre os mais velhos. Mariano afirma que a maioria dos idosos com atividade profissional não tem carteira assinada ou trabalham por conta própria. "Ainda existe essa barreira que é a formalização, porque os idosos não conseguem permanecer no trabalho original e muitos acabam migrando para essa situação de informalidade", diz o analista.

Números expõem discrepância entre homens e mulheres. Em 2024, foi constatada uma diferença de 17,4 pontos percentuais entre idosos do sexo masculino (34,2%) e feminino (16,7%) no mercado de trabalho. Além das regras para a aposentadoria, o IBGE avalia que as mulheres têm menor participação no mercado de trabalho em todas as idades devido às responsabilidades envolvidas no trabalho reprodutivo, com tarefas do lar e cuidados de parentes.

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