Veja o que liquidação do Banco Master ensina ao investidor

Se temos dois bancos com o mesmo grau de risco, um oferecendo uma taxa a 120% CDI, outro a 100%, é preciso buscar entender o motivo dessa diferença em relação à remuneração do investidor. Nicolas Gass, chefe de alocação de investimentos e sócio da GT Capital

Pesquisar sobre instituição financeira que está oferecendo a aplicação. Existem diversas ferramentas para o investidor checar se a instituição financeira em que está colocando seu dinheiro é sólida ou não. No próprio site dessa empresa costuma haver a classificação de crédito feita por agências de risco como Fitch, S&P, Moody's, que são independentes. Se a nota for baixa, por exemplo, "B-" ou "CCC", o risco de calote é maior, diz o planejador financeiro Jeff Patzlaff.

Balanço do banco também pode servir de alerta. Se uma empresa financeira em que você pretende colocar investimentos tem histórico irregular de bons resultados, ou costuma aparecer no noticiário de forma negativa, vale dobrar a atenção, destaca o chefe de renda fixa da Suno Research, Guilherme Almeida.

É preciso atenção à saúde financeira para aquela instituição porque, no fim do dia, investir em um CDB é emprestar recursos para a instituição emissora. Guilherme Almeida, chefe de renda fixa da Suno Research

Ponderar sobre sugestões recebidas de amigos e mesmo de profissionais. Por mais que o investidor confie em pessoas próximas ou em profissionais, a decisão final precisa ser checada. Há conflito de interesses por parte de quem trouxe a proposta? Quem está pagando essa pessoa que me sugeriu isso? As respostas a essas questões podem sinalizar armadilhas, destacam planejadores financeiros.

O Master ensina com a dor da liquidação extrajudicial que lucro alto vem com risco alto, que a maioria não tem condições de bancar. Podemos celebrar o FGC, sem esquecer que ele não é elástico. Vânia Santana, educadora financeira