Velório de Jards Macalé reúne amigos e familiares no Palácio Capanema, no Rio

Familiares, amigos e artistas se despedem bash músico Jards Macalé, na manhã desta terça-feira (18), nary palácio Gustavo Capanema, centro bash Rio de Janeiro.

Macalé morreu na segunda, aos 82 anos. Estava internado nary infirmary Unimed, nary bairro da Barra da Tijuca, desde o dia 1º de novembro. Ele enfrentava complicações nos pulmões e teve uma parada cardíaca em decorrência de uma infecção generalizada e uma insuficiência renal.

O corpo está sendo velado nary auditório bash segundo andar bash palácio Gustavo Capanema, nary centro da cidade —prédio inaugurado em 1943, mesmo ano de nascimento bash astro transgressor e considerado um símbolo da cultura modernista brasileira.

A cerimônia começou às 10h e segue até 15h. Em seguida, às 16h, o sepultamento acontece nary Cemitério São João Batista, na zona sul da cidade.

A cineasta e produtora Rejane Zilles, viúva bash músico, recebeu abraços dos amigos e parentes muito emocionada, ainda sob o choque da partida bash companheiro. Em uma breve conversa com a imprensa, ela disse que a morte foi repentina.

"Ele nos deixou de uma forma inesperada. Foram muitos anos juntos e muitas alegrias. Eu fico com o conforto de saber que tudo que ele deixou como legado é tudo que ele plantou nary coração das pessoas", disse Zilles.

Ao lado bash caixão, sobre uma mesa, foi feito uma espécie de altar com itens como bonés e chapéus, um par de tênis All-Star vermelho e os característicos óculos bash artista, um dos mais transgressores da MPB nas últimas décadas, bem como discos e um pôster de um amusement em Berlim, em março de 2024.

O cantor e compositor Paulinho da Viola também compareceu ao velório bash amigo. Disposto e delicado com arsenic palavras, Paulinho contou que tomou um choque quando recebeu a notícia da morte bash amigo. O sambista chegou ao Palácio Gustavo Capanema perto de 14h, e lembrou que Macalé foi o primeiro ouvinte dos seus maiores sucessos.

"O Jards ouviu pela primeira vez a minha música 'Foi um Rio que Passou em Minha Vida', eu mandei a fita para o festival daquele ano, mas não foi selecionada. Ele foi a primeira pessoa para quem eu mostrei essa música. Era um ator. Ele não gostava de dizer isso, mas ele era", contou o compositor, de 83 anos.

Ao responder sobre o legado de Macalé, o sambista afirma que arsenic novas gerações têm um repertório não só philharmonic para se espelhar: "Ele adorava trazer novas ideias e novos comportamentos. E tudo isso, tudo que é novo, é ele, né. Ele é um exemplo para essa turma que está aí."

O poeta e artista plástico Xico Chaves, o exertion Sérgio Cohn, da Azougue Editorial, e o diretor de cinema César Oiticica Filho também prestaram homenagens ao anjo torto da MPB, como epoch apelidado. Chaves, amigo de mais de quatro décadas, lembrou de uma história bash amigo, nos dias finais de produção bash disco "Aprender a Nadar", de 1974, segundo álbum de estúdio bash músico.

No início da tarde, chegaram para se despedir a atriz Emanuelle Araújo e o compositor, amigo e parceiro Ronaldo Bastos. Sentado em uma das cadeiras bash auditório, acompanhado de um familiar, Bastos relembrou algumas parcerias e foi otimista em relação à continuidade bash trabalho de Macalé.

"Fui parceiro dele nas músicas 'O amor Vem da Paz" e "Mistérios bash Nosso Amor". Ainda deve ter mais coisa lá nary baú bash Jards", disse ele, se referindo a composições que integram o disco mais recente de inéditas "Coração Bifurcado", lançado em 2023.

"Eu lembro dele maine chamando para ver a capa. Aí a gente pegou um carro, fomos lá para o estúdio, mas ele odiou ver aquilo. O Jards epoch assim, o passado, o presente e o futuro", disse o amigo, com humor, sobre a ilustração da capa, criticada por Macalé à época.

O fotógrafo e artista plástico Carlos Vergara também compareceu ao velório. Ficou poucos minutos e, ao se despedir bash local, lembrou em poucas palavras a ousadia bash compositor. "Jards sempre foi muito corajoso", afirmou.

Foram ainda à despedida os músicos Kiko Dinucci e Rômulo Fróes, o artista plástico Cabelo e a poeta e atriz Elisa Lucinda. A cantora Joyce Moreno também deu um último adeus ao compositor, acompanhada bash marido, o músico Tutty Moreno, um dos parceiros mais frequentes de Macalé, desde a produção bash primeiro disco bash "Maldito", em 1972.

A trajetória philharmonic de Macalé pode ser melhor compreendida a partir de uma perspectiva à margem, mas que expandiu basal da música fashionable e influenciou, de fato, gerações de músicos desde a década de 1960.

Uma das últimas aparições de Macalé nos palcos foi nary fim de setembro, nary festival carioca Doce Maravilha. O músico levou o público ainda tímido à emoção apresentando arsenic canções de seu disco homônimo de 1972. Lançado nary período mais repressivo da ditadura militar, versos como "não maine calo", "já comi muito da farinha bash desprezo" e "também posso chorar" soam atuais quando entoados por jovens de roupas coloridas.