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Venezuela revoga licenças de companhias aéreas que suspenderam voos no país; Gol e Latam são afetadas

Segundo o comunicado, as empresas afetadas são:

  • Ibéria (Espanha)
  • TAP (Portugal)
  • Avianca (Colômbia)
  • Latam (Chile)
  • Turkish Airlines (Turquia)
  • Gol (Brasil)

No texto, a Venezuela acusa as empresas de "terem aderido às ações de terrorismo de Estado promovidas pelo governo dos EUA".

Mais cedo nesta quarta (26), a agência de notícias France-Presse informou que o país havia ameaçado as companhias com um prazo de 48 horas para que os voos fossem retomados.

Segundo uma fonte não identificada do Ministério dos Transportes, o governo se reuniu com representantes das companhias na segunda-feira e entregou o ultimato. Ainda segundo a agência, ao menos sete companhias aéreas suspenderam voos no fim de semana, citando um alerta de reguladores dos EUA sobre o aumento da atividade militar devido ao deslocamento, que gerou temores de uma intervenção norte-americana na Venezuela.

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A Marinha dos EUA reforçou sua frota estacionada no Caribe, e vem conduzindo há meses bombardeios a embarcações supostamente usadas por traficantes de drogas na região.

"Ninguém está planejando entrar lá e atirar nele ou sequestrá-lo — neste momento. Eu não diria que nunca, mas esse não é o plano agora", disse uma autoridade cuja identidade não foi revelada, ao Axios sobre Maduro.

Desde o início da escalada, especula-se que os EUA possam tentar tirar Maduro do poder na Venezuela por meio de ação militar, incluindo uma possível invasão por terra.

"Temos operações secretas, mas elas não visam matar Maduro. Elas visam deter o narcotráfico", disse ao site um funcionário da Casa Branca, segundo a reportagem. Mas "se Maduro sair, não derramaremos uma lágrima".

A classificação do Cartel de los Soles como organização terrorista, segundo o presidente dos EUA, Donald Trump, daria aos EUA o poder de atacar alvos ligados a Maduro em território venezuelano. O presidente norte-americano já disse que não deve fazer isso, mas também afirmou que "todas as opções" estão sobre a mesa.

O governo venezuelano acusa Washington de querer forçar uma mudança de regime na Venezuela com a classificação, que Nicolás Maduro chamou de "ridícula" também nesta segunda (24).

Washington acusa ainda o Cartel de los Soles de trabalhar com a gangue venezuelana Tren de Aragua, também já designada como organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos, no envio de drogas aos EUA.

Maduro nega a acusação e a própria existência do Cartel de los Soles, que também é contestada por especialistas.

Desde setembro, os EUA aumentaram sua presença militar na área e enviaram oito navios de guerra, caças F-35 e o maior porta-aviões do mundo, Gerald Ford, que chegou a águas do Caribe na semana passada.

O governo Trump alega que a operação é voltada apenas a combater o narcotráfico na área. Desde o começo da ação, as forças americanas na região realizaram pelo menos 21 ataques contra supostos barcos de narcotráfico no Caribe e no Pacífico, matando 83 pessoas.

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