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Viciados e reféns: pesquisa compara celular com parasita que nos consome

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"Esses aplicativos são projetados para nos manter em movimento, nos fazer clicar em anúncios e até mesmo provocar indignação", observam Brown e Brooks em seu artigo. "O comportamento de nossos celulares frequentemente frustra nossos objetivos e desejos expressos, a fim de atingir os objetivos das empresas que os criam", acrescentam.

Podemos reequilibrar essa relação?

Os pesquisadores oferecem uma solução retirada da própria natureza para restabelecer o equilíbrio na relação com o smartphone. Na Grande Barreira de Coral da Austrália, por exemplo, peixes limpadores se alimentam de parasitas de outros peixes maiores. É um arranjo mutuamente benéfico.

Mas, se o limpador exagera e dá uma mordida grande demais, a relação se desequilibra e pode se tornar parasitária. Então, o peixe hospedeiro reage: pune o agressor, persegue-o ou deixa de frequentar a "estação de limpeza".

Esse tipo de vigilância - detectar abusos e responder - é fundamental para manter relacionamentos saudáveis. Para os pesquisadores, o mesmo deveria se aplicar à relação dos humanos com os celulares. Mas aqui a situação é mais complexa: as táticas de exploração são ocultas, os algoritmos são opacos e os recursos úteis nos tornam tão dependentes do dispositivo que "simplesmente parar de usá-lo" já não é uma opção realista.

É que, segundo explicam, muitos de nós já dependem desses dispositivos para tarefas cotidianas. Por exemplo, em vez de lembrar informações, transferimos essa responsabilidade para os nossos celulares, o que altera nossa cognição e memória. Essa dependência, na perspectiva dos especialistas, simultaneamente melhora e limita nossas capacidades.

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