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Vida de luxo e esbanjação de advogado de vítimas de Mariana

Além da ação contra a BHP, sócia da Vale na Samarco, responsável pelo desastre de Mariana (MG), há ainda uma ação na Alemanha contra a Tüv Süd pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) e outra na Holanda, contra a Braskem pelo afundamento do solo de Maceió.

Segundo o The Times, o relatório revela uma despesa de R$ 576 mil com jatinhos e helicópteros — não apenas para áreas remotas mas também em áreas com bastante disponibilidade de voo comercial. Só uma viagem de jatinho particular na Ponte Aérea Rio-São Paulo custou R$ 41 mil. Há ainda faturas de aulas de samba para o time do escritório no Brasil, além de um gasto de R$ 37 mil com duas festas em iaties no Rio, com churrasco e open bar. Outros R$ 700 mil foram gastos com a produção de um documentário sobre a ação no Brasil, incluindo despesas de viagens e marketing.

Segundo fontes ouvidas pelo The Times, o advogado gastava "como se não houvesse amanhã": perdia voos reservados na primeira classe, se hospedava sempre nas maiores suites dos hoteis mais luxuosos. Goodhead frequentava tanto o hotel Emiliano, em Copacabana, que deixava roupa para lavar e, quando voltava a se hospedar, elas estavam penduradas no armário.

O PG chegou a ter um time de 400 pessoas no Brasil e uma rede de 3 mil advogados com acordos de taxa de sucesso — ou seja, só receberiam se a ação for bem sucedida. O escritório deve receber 30% da indenização caso obtenha sucesso na corte de Londres.

A atuação do PG é alvo de muitas críticas também no Brasil. Em maio, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública contra o escritório questionando cláusulas supostamente abusivas no contrato firmado com as vítimas do rompimento da barragem. Segundo a denúncia, os contratos prevêem a cobrança de honorários sobre indenizações recebidas no Brasil, mesmo que o escritório britânico não tenha atuado nos processos que geraram essa indenização.

Com o avanço das negociações de indenização no Brasil, mais de 110 mil clientes que tinham assinado com o PG abriram mão da disputa em Londres para poder aderir ao Programa Indenizatório Definitivo no Brasil - recebendo R$ 35 mil em parcela única.

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