O encontro ocorreu logo após o discurso de Netanyahu na Assembleia Geral da ONU, diante de um auditório quase vazio, o retrato de seu isolamento internacional. Naquela reunião privada, revelada por fontes próximas à negociação, Trump exigiu o fim imediato da ofensiva israelense em Gaza.
Dias depois, a Casa Branca divulgou a foto de Netanyahu pedindo desculpas ao governo do Catar pelo bombardeio que havia interrompido as tratativas de paz.
A pressão de Trump vinha crescendo havia semanas. Enquanto Israel intensificava ataques a Gaza, os países árabes, liderados por Catar, Turquia e Egito, haviam se unido em torno de um plano de cessar-fogo mediado por Washington.
O documento, com 21 pontos, previa a libertação de reféns, troca de prisioneiros e a retirada gradual das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Trump via na iniciativa uma oportunidade de capital político e também de prestígio internacional: era a chance de encerrar uma guerra impopular e, quem sabe, conquistar o Prêmio Nobel da Paz.
O caminho até o ultimato de Trump começou de forma improvável, durante a final do US Open, em Nova York. Enquanto Carlos Alcaraz e Jannik Sinner disputavam o título, Trump e seu enviado especial, Steve Witkoff, assistiam ao jogo das tribunas e trocavam mensagens sobre o plano de paz.
O mediador Gershon Baskin, interlocutor de longa data entre israelenses e palestinos, contou ao Fantástico que foi naquela partida que os americanos ajustaram a proposta para o Hamas. “Na noite seguinte ao jogo de tênis, Witkoff me ligou e disse que o primeiro-ministro do Catar estava entregando ao Hamas a proposta americana. Eles discutiriam à noite e negociariam no dia seguinte”, revelou.
O que veio em seguida quase implodiu o acordo. Um bombardeio israelense em Doha, capital do Catar, matou civis e integrantes das forças de segurança locais.
Segundo Baskin, o ataque foi ordenado sem o conhecimento prévio da Casa Branca e enfureceu Trump, que vinha cultivando uma relação próxima com o emir catariano. O episódio ameaçou prejudicar profundamente os laços entre Washington e Doha, aliados estratégicos no Golfo Pérsico.
O presidente americano havia visitado o país meses antes e recebido um presente simbólico — um avião de luxo que seria adaptado como o novo Air Force One. A ofensiva israelense, vista por Trump como uma traição pessoal, colocou em risco essa aliança e levou o emir a suspender temporariamente as negociações com o Hamas.
Com a confiança dos aliados árabes abalada e a pressão sobre Netanyahu em alta, Trump decidiu agir. Reuniu líderes do Catar, Egito e Turquia em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, e consolidou o documento final de cessar-fogo.
Ao perceber que Netanyahu resistia, partiu para o confronto direto. No Salão Oval, cercado de assessores, foi categórico: “Você vai terminar essa guerra agora.” Sem alternativa, o premiê israelense cedeu.
Semanas depois, o acordo foi assinado no Egito. Antes mesmo do anúncio oficial, Trump publicou o feito em sua rede Truth Social, comemorando o “fim da guerra”.

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2 semanas atrás
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