Perder o sinal de Wi-Fi a todo momento pode ser uma situação bastante desgastante, especialmente durante reuniões de trabalho no home office, jogos online ou ao assistir filmes e séries em serviços de streaming. A instabilidade, por sua vez, pode ter diversas causas, como interferência de outros dispositivos, ambiente com muitas barreiras físicas e posicionamento inadequado do roteador.
Para detalhar melhor os motivos e apresentar soluções práticas para aplicar na sua casa, o TechTudo conversou com especialistas da Intelbras, TP-Link e FIAP. Os profissionais explicam como identificar cada um dos problemas e o que fazer para garantir uma conexão mais estável, livre de quedas e sem lentidão no dia a dia. O conteúdo também traz dicas sobre como escolher o roteador ideal para cada tipo de ambiente. Confira as informações abaixo.
Guia do TechTudo explica os motivos que fazem o Wi-Fi cair com frequência e como resolvê-los — Foto: Imagem criada com IA/Canva.com Wi-Fi caindo toda hora? Conheça os principais motivos e como resolver, de acordo com os entrevistados Daniel Dimas, especialista em produtos da TP-Link; Amilcar José Scheffer, Diretor de Soluções e Produtos de Conectividade da Intelbras; e Rafael da Silva Santos, professor de Redes de Computadores e de Defesa Cibernética da FIAP.
- Problemas no sinal da operadora
- Velocidade contratada é baixa
- Defeito no modem ou roteador
- Interferência de outros dispositivos
- Roteador mal posicionado
- Ambiente com muitas barreiras físicas
- Roteador desatualizado
- Muitos aparelhos conectados
- Dicas para comprar o roteador certo para o meu ambiente
1. Problemas no sinal da operadora
O problema provavelmente está no sinal oferecido pela operadora quando o Wi-Fi “some” em todos os dispositivos ao mesmo tempo, ou se a internet continua lenta mesmo após reiniciar o roteador, explica Daniel Dimas, especialista em produtos da TP-Link.
Para confirmar o problema, conecte um computador diretamente ao modem da operadora usando um cabo de rede e realize um teste de velocidade. “Se a velocidade recebida for muito inferior à contratada ou se a conexão continuar caindo, a probabilidade de o problema ser com a operadora é altíssima. Esse teste isola sua rede Wi-Fi e mede o sinal que chega à sua casa”, ensina Amilcar José Scheffer, Diretor de Soluções e Produtos de Conectividade da Intelbras.
2. Velocidade contratada é baixa
Em alguns casos, a conexão Wi-Fi pode apresentar lentidão porque a velocidade contratada não é suficiente para atender à quantidade de aparelhos em uso. “Se as videochamadas travam enquanto outra pessoa assiste a uma série, ou se os downloads ficam lentos durante o home office, é um forte sinal de que a demanda de dados da casa é maior do que o plano contratado pode oferecer, especialmente em uma residência com dezenas de dispositivos conectados”, exemplifica Amilcar José Scheffer.
Para identificar se a velocidade contratada é insuficiente, o ideal é realizar testes de velocidade, como os sites Speedtest, o Fast.com ou o aplicativo da própria operadora. A indicação é fazer isso em diferentes horários do dia, segundo Rafael da Silva Santos, professor de Redes de Computadores e de Defesa Cibernética da FIAP. “Se a taxa de download cair significativamente quando vários aparelhos estão ativos, é sinal de que o plano não atende à demanda”, ressalta.
Se este for o problema, é fundamental saber qual velocidade de internet é mais adequada para cada tipo de uso. Rafael pontua que para casas pequenas, com até 3 pessoas, 100 a 200 Mbps costumam bastar. Já para famílias com o uso de streaming, jogos online e home office, a recomendação é 300 Mbps ou mais. Agora, em ambientes com muitos dispositivos inteligentes, como TVs, câmeras e assistentes, o ideal é acima de 500 Mbps.
Download lento pode indicar que a velocidade contratada de internet é baixa — Foto: Reprodução/Freepik 3. Defeito no modem ou roteador
Os especialistas também recomendam ficar atento aos sinais que indicam possíveis defeitos no modem ou roteador, já que eles podem interferir diretamente na qualidade do Wi-Fi. “Os problemas mais comuns são a necessidade de reiniciar o aparelho com frequência, quedas constantes de conexão mesmo próximo a ele, superaquecimento e lentidão extrema. O uso de equipamentos antigos ou desatualizados compromete diretamente a eficiência da rede”, alerta Scheffer. Poeira e calor excessivo também podem causar desgaste e afetar o funcionamento do equipamento.
Daniel Dimas destaca ainda que, quando o aparelho começa a apresentar falhas com frequência, normalmente é porque se tornou obsoleto e deixou de receber atualizações de firmware. A indicação do profissional é fazer um upgrade a cada três ou cinco anos, não só por questões de velocidade, mas por atualizações de segurança. “Um exemplo é a nova criptografia WPA3, presente em modelos mais modernos (a partir do Wi-Fi 6), que dificulta muito - ou até pode impossibilitar - ataques de força bruta às redes. Isso acaba protegendo dados sensíveis, como senhas e informações bancárias”, ressalta.
Quedas constantes de conexão podem indicar que o roteador está com defeito — Foto: Reprodução/Freepik 4. Interferência de outros dispositivos
A interferência é uma das principais causas de sinal fraco, resultando em instabilidade e quedas frequentes na conexão. Existem alguns equipamentos como micro-ondas, telefones sem fio, babás eletrônicas, caixas de som Bluetooth e até roteadores de vizinhos, especialmente em condomínios, além de outros aparelhos que trabalham a frequência de 2,4 GHz, que podem prejudicar o Wi-Fi. Objetos como espelhos, vidros e metais também dificultam a propagação do sinal.
Para minimizar o problema, o ideal é posicionar o roteador longe de outros aparelhos e obstáculos, orienta Scheffer. “Os modelos mais modernos também ajudam, pois muitos ajustam automaticamente o canal de transmissão para evitar interferências com as redes vizinhas”, acrescenta. Santos recomenda ainda utilizar a banda de 5GHz, que costuma ser menos congestionada.
Especialista indica usar banda de 5GHz, que costuma ser menos congestionada — Foto: Reprodução/Freepik 5. Roteador mal posicionado
A posição do roteador influencia diretamente a qualidade da conexão Wi-Fi. Como o sinal se propaga em ondas, é importante que o equipamento fique em um local livre de bloqueios. Esse cuidado permite que o sinal se espalhe de forma mais uniforme pela casa, garantindo uma navegação estável e rápida em todos os cômodos.
Por isso, o roteador não deve ser colocado dentro de gavetas ou armários, atrás de móveis ou da TV, próximo ao chão, encostado em paredes externas ou perto de espelhos e vidros. Nesses locais, o sinal fica bloqueado, criando “zonas cegas” de conexão, explica Scheffer. “Quanto mais escondido o roteador, pior será o desempenho”, acrescenta Dimas.
Scheffer explica que a localização ideal é em um ponto central da casa, em uma posição elevada, como sobre uma estante ou prateleira. “Isso ajuda as ondas a se propagarem por cima dos obstáculos e a cobrirem uma área maior de forma mais eficiente”, completa. Além disso, Santos recomenda posicionar o roteador a uma altura entre 1,2 e 1,5 metro, livre de obstáculos e longe de fontes de calor.
6. Ambiente com muitas barreiras físicas
Completando o que foi dito anteriormente, obstáculos físicos como móveis grandes e pesados, colunas metálicas, paredes de concreto e vidros espessos podem comprometer significativamente a intensidade do sinal. “Esses materiais absorvem ou refletem as ondas de rádio, dificultando sua chegada aos cômodos mais distantes”, pontua Scheffer.
No caso de muitas barreiras físicas, principalmente quem reside em casas grandes ou apartamentos com muitos ambientes, o profissional explica que a melhor opção é adotar redes Wi-Fi Mesh.
Ambiente com muitas barreiras físicas prejudica a qualidade do Wi-Fi — Foto: Reprodução/Freepik 7. Roteador desatualizado
Manter o firmware do roteador atualizado é fundamental para garantir a segurança da rede, corrigir falhas, otimizar o desempenho e melhorar a compatibilidade com novos dispositivos. Além de reforçar a proteção contra vulnerabilidades, as atualizações permitem que o roteador funcione de forma mais estável e eficiente, aproveitando as melhorias contínuas liberadas pelos fabricantes.
A recomendação de Santos é verificar, a cada seis meses, se há alguma atualização pendente no painel de administração ou no aplicativo do roteador. Por outro lado, alguns modelos mais modernos já automatizam esse processo. Assim, o equipamento permanece sempre protegido e com o melhor desempenho possível, sem que o usuário precise se preocupar.
8. Muitos aparelhos conectados
Com tantos dispositivos conectados, o sistema pode ficar sobrecarregado, especialmente em roteadores mais antigos. Isso acontece porque cada aparelho consome parte da largura de banda e da capacidade de processamento do equipamento, o que pode causar congestionamentos, quedas de sinal, lentidão e atrasos em videoconferências e jogos.
Para equilibrar o uso, Scheffer destaca que uma boa solução é adotar a tecnologia Wi-Fi 6, presente nos roteadores mais recentes, que oferece maior velocidade e suporta múltiplas conexões simultâneas com estabilidade. “Além disso, a segmentação da rede por meio de diferentes SSIDs (nomes de rede) pode ajudar a organizar o tráfego de dados e a evitar congestionamentos”, detalha.
Além disso, Santos recomenda:
- Desconectar dispositivos que não estão em uso;
- Utilizar recursos de QoS (Qualidade de Serviço) para priorizar atividades como streaming e home office;
- Manter os dispositivos menos importantes na banda de 2,4 GHz.
9. Dicas para comprar o roteador certo para o meu ambiente
Para selecionar o equipamento adequado, Scheffer orienta levar em conta:
- Tamanho do imóvel: para casas grandes, com múltiplos andares ou muitas paredes, a solução ideal para eliminar pontos cegos são as redes Wi-Fi Mesh;
- Número de dispositivos: para lares com muitos aparelhos conectados, um roteador com tecnologia Wi-Fi 6 é a melhor escolha, pois garante uma experiência de navegação mais fluida para toda a família;
- Tipo de uso: atividades como streaming, trabalho remoto e jogos online exigem uma conexão mais robusta, estável e rápida, benefícios diretos do Wi-Fi 6.
Comprar um bom roteador é importante para ter boa conexão Wi-Fi livre de quedas e lentidão — Foto: Reprodução/Freepik Assista no vídeo abaixo: Wi-Fi vive caindo no celular? Aprenda a resolver rápido!
Wi-Fi Vive Caindo no Celular? Aprenda a Resolver Rápido!

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1 mês atrás
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